29 de outubro de 2024

XXII

 

Mundos esferas
Sangue passando por veias
Diluição da vida cotidiana
Nada impede o sortilégio
Trens noturnos, estação sob forte neblina
Impossível dizer se embarco
Tudo dependerá de minha fecunda imaginação
E do gosto exagerado pelo real mais erradio.
Improviso com a metade do que me foi dado ler
Assim um drama
Palavras olham para fora
Limite possível e improvável da significação
Andarilhas perdidas no caminho do sagrado
Bolhas ardentes nas solas dos pés.

Ana Chiara


Sim

 

Todos os poemas

são de amor.

Pela rima,

pelo ritmo,

pelo brilho

ou por alguém,

alguma coisa

que passava

na hora

em que a vida

virava palavra.

 

Alice Ruiz