Dentre tantos
Entretantos
Nenhum um pouco
chega perto
de ser muito
Salvador Passos
A Caverna
Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes
Jean Louis Battre, 2010
Jean Louis Battre, 2010
30 de novembro de 2010
26 de novembro de 2010
Bob Black/A mentira no estado... e em outros lugares
A mentira no estado... e em outros lugares (Bob Black)
Precisamos de uma fenomenologia da mentira. Como essência imanente e onipresente da nossa sociedade, a mentira não merece menos; e já é hora de ela ter o que merece. Vamos ser honestos, sobre a desonestidade. Como eles nos enganam? Deixe-me contar as formas.
Algumas formas de fraude , especialmente aquelas exercidas cara a cara, são altamente refinadas. Uma névoa fina desce sobre pessoas usando qualquer uma de várias expressões idiomáticas compartilhadas, que supõem estar dizendo algo quando estão apenas emitindo sinais , barulhos, que provocam reações similares. Na verdade, não passam de ruído.
A publicidade, o lenga-lenga New Age, a conversinha mole pra pegar mulher em barzinho e os jargões do marxismo são exemplos familiares. Muito mais expressão do que comunicação, na melhor das hipóteses eles dizem menos do que parecem dizer, e a melhor das hipóteses é rara, nesses casos. A maioria das "lacunas" nas fitas de Nixon não esta faltando.
A epítome da enganação consensual é a autocontradição transformada em jargão especializado, por exemplo:
Casamento aberto
Governo revolucionário
Lei e ordem
Direito ao trabalho
Teologia da libertação
Escolas livres
...e assim por diante
No outro extremo (general Jaruzelski¹, por exemplo) da engambelação sofisticada está a prevaricação pura e simples. Como cigarros, mas sem mensagens de advertência, essas mentiras costumam vir em pacotes. Políticos e padres permitem os exemplos mais claros - exemplos aos quais não podemos nos igualar. O mundo dos negócios (existe outro?) também contém ocupações inteiras de profissionais da falsidade, como vendedores e advogadosa. Há ramos, como da energia nuclear e o da "defesa", que pressupõem mais do que confundir de leve o consumidor comum: eles sapecam mentiras gigantescas sobre uma população ludibriada por questão de necessidade profissional. Ainda sim, políticos são os mentirosos ideais. É para mentir ( além de dar ordens) que nós lhes pagamos, ou melhor, que eles se pagam com nossos impostos. A diplomacia, por exemplo, é apenas, o engôdo em traje de gala. Quando dizemos que alguém esta sendo "diplomático", queremos dizer que ele está contando mentiras para aquietar algum conflito. Mas na diplomacia os governos estão lidando com monopólios da violência iguais a eles, portanto, mentem com mais cuidado do que em geral têm com as populações que controlam. Políticos freqüentemente são ambíguos, mas raramente são sutis. Por que não deixar as sutilezas de lado, quando você tem a maioria dos homens armados de um país sob seu comando?
Uma Grande Mentira original e exemplar, por exemplo, está embutida em quase toda referência pública ao "terrorismo". A verdadeira acepção da palavra é o uso de violência contra não-combatentes para fins políticos. Os esquadrões da morte na América Central ou a distribuição de "brinquedos" explosivos feitos por soviéticos a crianças afegãs, para que elas se mutilem, são exemplos. A idéia é impor a própria vontade, não pela coerção direta daqueles a serem controlados, mas infundindo neles o medo, isto é , "terror". Não há mal nenhum em ter uma palavra para denominar uma atividade que, sejam quais forem seus prós e contras, difere em alguns aspectos da guerra, do crime, da desordem civil etc.
São precisamente essas distinções que os políticos e seus seguidores acadêmicos e jornalísticos ocultam usando a palavra. Para eles, toda violência política, vandalismo ou até um mero tumulto é " terrorismo, a menos que os terroristas estejam usando uniforme. Governos , portanto, não praticam o terrorismo, haja o que houver, enquanto a violência contra o Estado e sempre terrorismo, mesmo se consistir em ataques de uma força militar contra outra. Os massacres conduzidos pelos salvadorenhos auxiliares dos EUA; os bombardeios israelenses de campos de refugiados palestinos ou o seqüestro de reféns libaneses; até o holocausto em Camboja e no afeganistão, lamentados de maneira tão hipócrita, ou os assassinatos em prisões sul-africanas, por serem todos chacinas santificadas pelo Estado, não constituem atos terroristas. O terrorismo não é tanto uma questão de destruição e morte quanto de correção indumentária. Soldados são terroristas que tiveram o cuidado de se vestir para o sucesso. Isso basta que os gerentes da opinião pública durmam tranqüilamente, embora não necessariamente tanto quanto o presidente Reagan, quando, apesar do bombardeio de pacientes psiquiátricos em Granada e do fuzilamento de operários cubanos da construção civil, ele relatou que, como de costume, dormira bem.
É notável como esse esquema é eficaz. Os outrora perseguidos sandinistas eram terroristas até o momento mágico em que suplantaram Somoza. O presidente Robert Mugabe era um "terrorista" negro até se transubstanciar em estadista Zimbabwiano. Quando xiitas tomam reféns americanos, eles são terroristas. Quando israelenses tomam reféns xiitas, trata-se de uma violação da lei internacional, talvez, motivo para uma crítica contida mas de modo algum é terrorismo. Apesar de sua crueza hipócrita, a farsa do terrorismo tem sido bem aceita. O bonequinho dos comandos em ação , aposentado por alguns anos depois da Guerra Que Não Ousa Dizer Seu Nome, está de volta. Agora ele combate terroristas.
Que as autoridades, como os autoritários que as invejam, mentem sistematicamente não é nenhuma novidade. Karl Kraus e George Orwell o disseram. Mas elas refinaram, ou ao menos aumentaram, seus embustes. Nossa complexa sociedade, baseada no consentimento por coerção, criou modos de manipulação tão avançados que a falsidade pode ser minimizada, até eliminada sem, que a verdade venha à tona. O sistema simplesmente nos inunda com informações tão triviais que chega a merecer o nome desgastado de "dados", até que os poucos assuntos de importância real sejam expulsos da mente. A escala e a estrutura da sociedade evitam que as pessoas experimentem imediatamente a ela ou umas às outras. O conhecimento é fragmentado em ilhas artificiais e confiado a especialistas endógamos. No mundo acadêmico, essas exclusividades merecem as conotações sadomasoquistas da denominação que recebem, "disciplinas".
A divisão social da mão-de-obra - estilhaçando uma vida que deveria ser experimentada integralmente em "papéis" padronizados a força -, estendida a consciência, se reproduz ao mesmo tempo que oculta sua passagem.
Regras e papéis nos tornam tão intercambiáveis quanto os bens cuja produção é a nossa destruição. Não admira que, como Karl Marx observou uma vez antes de se tornar um político, a única linguagem compreensível que temos é a linguagem das nossas posses conversando entre si. Precisamos de outra. E precisamos de ocasiões sem pressa e sem pressões para um repouso sem palavras. A revolução requer uma expressão idiomática antiidiotia que expresse o até agora indizível. O amor que não ousa dizer seu nome tem vantagens sobre o outro, caluniado por rótulos, cujo nome é tomado em vão e nunca devolvido aos seus donos legítimos.
A corrupção da linguagem promove a corrupção da vida. É na verdade o seu pré-requisito.
Um primeiro passo rumo à paz e a liberdade - impossível agora, sob a sociedade de classes e sua arma, o Estado - é chamar as coisas por seus verdadeiros nomes. Assim, a diferença entre os agentes do complexo militar-industrial-político-jornalistico e a arraia-miúda que a mídia difama como "terroristas" é apenas a diferença entre o atacado e o varejo. Guerra é assasinato.Imposto é furto. Conscrição é escravidão. Laisse-faire é totalitarismo. E (diz Debord), "num mundo realmente de ponta-cabeça, o verdadeiro é um momento falso".
¹Primeiro-ministro da pôlonia de 1981 a 1985, chefe do Conselho de Estado de 1985 a 1989 e presidente de 1989 a 1990.(N. E.)
Tradução: Michele de Aguiar Vartuli
Precisamos de uma fenomenologia da mentira. Como essência imanente e onipresente da nossa sociedade, a mentira não merece menos; e já é hora de ela ter o que merece. Vamos ser honestos, sobre a desonestidade. Como eles nos enganam? Deixe-me contar as formas.
Algumas formas de fraude , especialmente aquelas exercidas cara a cara, são altamente refinadas. Uma névoa fina desce sobre pessoas usando qualquer uma de várias expressões idiomáticas compartilhadas, que supõem estar dizendo algo quando estão apenas emitindo sinais , barulhos, que provocam reações similares. Na verdade, não passam de ruído.
A publicidade, o lenga-lenga New Age, a conversinha mole pra pegar mulher em barzinho e os jargões do marxismo são exemplos familiares. Muito mais expressão do que comunicação, na melhor das hipóteses eles dizem menos do que parecem dizer, e a melhor das hipóteses é rara, nesses casos. A maioria das "lacunas" nas fitas de Nixon não esta faltando.
A epítome da enganação consensual é a autocontradição transformada em jargão especializado, por exemplo:
Casamento aberto
Governo revolucionário
Lei e ordem
Direito ao trabalho
Teologia da libertação
Escolas livres
...e assim por diante
No outro extremo (general Jaruzelski¹, por exemplo) da engambelação sofisticada está a prevaricação pura e simples. Como cigarros, mas sem mensagens de advertência, essas mentiras costumam vir em pacotes. Políticos e padres permitem os exemplos mais claros - exemplos aos quais não podemos nos igualar. O mundo dos negócios (existe outro?) também contém ocupações inteiras de profissionais da falsidade, como vendedores e advogadosa. Há ramos, como da energia nuclear e o da "defesa", que pressupõem mais do que confundir de leve o consumidor comum: eles sapecam mentiras gigantescas sobre uma população ludibriada por questão de necessidade profissional. Ainda sim, políticos são os mentirosos ideais. É para mentir ( além de dar ordens) que nós lhes pagamos, ou melhor, que eles se pagam com nossos impostos. A diplomacia, por exemplo, é apenas, o engôdo em traje de gala. Quando dizemos que alguém esta sendo "diplomático", queremos dizer que ele está contando mentiras para aquietar algum conflito. Mas na diplomacia os governos estão lidando com monopólios da violência iguais a eles, portanto, mentem com mais cuidado do que em geral têm com as populações que controlam. Políticos freqüentemente são ambíguos, mas raramente são sutis. Por que não deixar as sutilezas de lado, quando você tem a maioria dos homens armados de um país sob seu comando?
Uma Grande Mentira original e exemplar, por exemplo, está embutida em quase toda referência pública ao "terrorismo". A verdadeira acepção da palavra é o uso de violência contra não-combatentes para fins políticos. Os esquadrões da morte na América Central ou a distribuição de "brinquedos" explosivos feitos por soviéticos a crianças afegãs, para que elas se mutilem, são exemplos. A idéia é impor a própria vontade, não pela coerção direta daqueles a serem controlados, mas infundindo neles o medo, isto é , "terror". Não há mal nenhum em ter uma palavra para denominar uma atividade que, sejam quais forem seus prós e contras, difere em alguns aspectos da guerra, do crime, da desordem civil etc.
São precisamente essas distinções que os políticos e seus seguidores acadêmicos e jornalísticos ocultam usando a palavra. Para eles, toda violência política, vandalismo ou até um mero tumulto é " terrorismo, a menos que os terroristas estejam usando uniforme. Governos , portanto, não praticam o terrorismo, haja o que houver, enquanto a violência contra o Estado e sempre terrorismo, mesmo se consistir em ataques de uma força militar contra outra. Os massacres conduzidos pelos salvadorenhos auxiliares dos EUA; os bombardeios israelenses de campos de refugiados palestinos ou o seqüestro de reféns libaneses; até o holocausto em Camboja e no afeganistão, lamentados de maneira tão hipócrita, ou os assassinatos em prisões sul-africanas, por serem todos chacinas santificadas pelo Estado, não constituem atos terroristas. O terrorismo não é tanto uma questão de destruição e morte quanto de correção indumentária. Soldados são terroristas que tiveram o cuidado de se vestir para o sucesso. Isso basta que os gerentes da opinião pública durmam tranqüilamente, embora não necessariamente tanto quanto o presidente Reagan, quando, apesar do bombardeio de pacientes psiquiátricos em Granada e do fuzilamento de operários cubanos da construção civil, ele relatou que, como de costume, dormira bem.
É notável como esse esquema é eficaz. Os outrora perseguidos sandinistas eram terroristas até o momento mágico em que suplantaram Somoza. O presidente Robert Mugabe era um "terrorista" negro até se transubstanciar em estadista Zimbabwiano. Quando xiitas tomam reféns americanos, eles são terroristas. Quando israelenses tomam reféns xiitas, trata-se de uma violação da lei internacional, talvez, motivo para uma crítica contida mas de modo algum é terrorismo. Apesar de sua crueza hipócrita, a farsa do terrorismo tem sido bem aceita. O bonequinho dos comandos em ação , aposentado por alguns anos depois da Guerra Que Não Ousa Dizer Seu Nome, está de volta. Agora ele combate terroristas.
Que as autoridades, como os autoritários que as invejam, mentem sistematicamente não é nenhuma novidade. Karl Kraus e George Orwell o disseram. Mas elas refinaram, ou ao menos aumentaram, seus embustes. Nossa complexa sociedade, baseada no consentimento por coerção, criou modos de manipulação tão avançados que a falsidade pode ser minimizada, até eliminada sem, que a verdade venha à tona. O sistema simplesmente nos inunda com informações tão triviais que chega a merecer o nome desgastado de "dados", até que os poucos assuntos de importância real sejam expulsos da mente. A escala e a estrutura da sociedade evitam que as pessoas experimentem imediatamente a ela ou umas às outras. O conhecimento é fragmentado em ilhas artificiais e confiado a especialistas endógamos. No mundo acadêmico, essas exclusividades merecem as conotações sadomasoquistas da denominação que recebem, "disciplinas".
A divisão social da mão-de-obra - estilhaçando uma vida que deveria ser experimentada integralmente em "papéis" padronizados a força -, estendida a consciência, se reproduz ao mesmo tempo que oculta sua passagem.
Regras e papéis nos tornam tão intercambiáveis quanto os bens cuja produção é a nossa destruição. Não admira que, como Karl Marx observou uma vez antes de se tornar um político, a única linguagem compreensível que temos é a linguagem das nossas posses conversando entre si. Precisamos de outra. E precisamos de ocasiões sem pressa e sem pressões para um repouso sem palavras. A revolução requer uma expressão idiomática antiidiotia que expresse o até agora indizível. O amor que não ousa dizer seu nome tem vantagens sobre o outro, caluniado por rótulos, cujo nome é tomado em vão e nunca devolvido aos seus donos legítimos.
A corrupção da linguagem promove a corrupção da vida. É na verdade o seu pré-requisito.
Um primeiro passo rumo à paz e a liberdade - impossível agora, sob a sociedade de classes e sua arma, o Estado - é chamar as coisas por seus verdadeiros nomes. Assim, a diferença entre os agentes do complexo militar-industrial-político-jornalistico e a arraia-miúda que a mídia difama como "terroristas" é apenas a diferença entre o atacado e o varejo. Guerra é assasinato.Imposto é furto. Conscrição é escravidão. Laisse-faire é totalitarismo. E (diz Debord), "num mundo realmente de ponta-cabeça, o verdadeiro é um momento falso".
¹Primeiro-ministro da pôlonia de 1981 a 1985, chefe do Conselho de Estado de 1985 a 1989 e presidente de 1989 a 1990.(N. E.)
Tradução: Michele de Aguiar Vartuli
FIRST THEY CAME (ou sobre o que eu tenho a ver com o BOPE)
This poem is attributed to Pastor Martin Niemöller (1892–1984) about the inactivity of German intellectuals following the Nazi rise to power and the purging of their chosen targets, group after group.
An early supporter of Hitler, by 1934 Niemöller had come to oppose the Nazis, and it was largely his high connections to influential and wealthy businessmen that saved him until 1937, after which he was imprisoned, eventually at Sachsenhausen and Dachau concentration camps. He survived to be a leading voice of penance and reconciliation for the German people after World War II. His poem is well-known, frequently quoted, and is a popular model for describing the dangers of political apathy, as it often begins with specific and targeted fear and hatred which soon escalates out of control.
1976 Version - Original
Als die Nazis die Kommunisten holten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Kommunist.
Als sie die Sozialdemokraten einsperrten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Sozialdemokrat.
Als sie die Gewerkschafter holten, habe ich nicht protestiert; ich war ja kein Gewerkschafter.
Als sie mich holten, gab es keinen mehr, der protestieren konnte.
Translation
When the Nazis came for the communists, I remained silent; I was not a communist.
When they locked up the social democrats, I remained silent; I was not a social democrat.
When they came for the trade unionists, I did not speak out; I was not a trade unionist.
When they came for me, there was no one left to speak out.
Another version inscribed at the New England Holocaust Memorial in Boston, MA. reads:
They came first for the Communists, and I didn't speak up because I wasn't a Communist.
Then they came for the Jews, and I didn't speak up because I wasn't a Jew.
Then they came for the trade unionists, and I didn't speak up because I wasn't a trade unionist. Then they came for the Catholics, and I didn't speak up because I was a Protestant.
Then they came for me, and by that time no one was left to speak up.
The poem influenced and inspired the composition of many songs. One of the most famous is "Re-gaining Unconsciousness" by NOFX:
First they put away the dealers, keep our kids safe and off the streets.
Then they put away the prostitutes, keep married men cloistered at home.
Then they shooed away the bums,
then they beat and bashed the queers,
turned away asylum-seekers,
fed us suspicions and fears.
We didn't raise our voice,
we didn't make a fuss.
It's funny there was no one left to notice
when they came for us.
Charles Mingus uses a version of the poem on his song "Don't Let It Happen Here"
One day they came and they took the Communists
And I said nothing because I was not a Communist
Then one day they came and they took the people of the Jewish faith
And I said nothing because I had no faith left
One day they came and they took the unionists
And I said nothing because I was not a unionist
One day they burned the Catholic churches
And I said nothing because I was born a Protestant
Then one day they came and they took me
And I could say nothing because I was as guilty as they were
For not speaking out and saying that all men have a right to freedom
On any land I was as guilty of genocide
As you
All of you
For you know when a man is free
And when to set him free from his slavery
So I charge you all with genocide
The same as I
One of the 18 million dead Jews
18 million dead people..
Asian Dub Foundation paraphrased the poem in the song "Round Up". Excerpt from the lyrics:
dem come for de rasta and you say nothing
dem come from the Muslims you say nothing
dem come for the anti-globalist you say nothing
dem even come for the liberals and you say nothing
dem come for you and who will speak for you, who ?
(source: http://jiannakarla.multiply.com/journal)
An early supporter of Hitler, by 1934 Niemöller had come to oppose the Nazis, and it was largely his high connections to influential and wealthy businessmen that saved him until 1937, after which he was imprisoned, eventually at Sachsenhausen and Dachau concentration camps. He survived to be a leading voice of penance and reconciliation for the German people after World War II. His poem is well-known, frequently quoted, and is a popular model for describing the dangers of political apathy, as it often begins with specific and targeted fear and hatred which soon escalates out of control.
1976 Version - Original
Als die Nazis die Kommunisten holten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Kommunist.
Als sie die Sozialdemokraten einsperrten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Sozialdemokrat.
Als sie die Gewerkschafter holten, habe ich nicht protestiert; ich war ja kein Gewerkschafter.
Als sie mich holten, gab es keinen mehr, der protestieren konnte.
Translation
When the Nazis came for the communists, I remained silent; I was not a communist.
When they locked up the social democrats, I remained silent; I was not a social democrat.
When they came for the trade unionists, I did not speak out; I was not a trade unionist.
When they came for me, there was no one left to speak out.
Another version inscribed at the New England Holocaust Memorial in Boston, MA. reads:
They came first for the Communists, and I didn't speak up because I wasn't a Communist.
Then they came for the Jews, and I didn't speak up because I wasn't a Jew.
Then they came for the trade unionists, and I didn't speak up because I wasn't a trade unionist. Then they came for the Catholics, and I didn't speak up because I was a Protestant.
Then they came for me, and by that time no one was left to speak up.
The poem influenced and inspired the composition of many songs. One of the most famous is "Re-gaining Unconsciousness" by NOFX:
First they put away the dealers, keep our kids safe and off the streets.
Then they put away the prostitutes, keep married men cloistered at home.
Then they shooed away the bums,
then they beat and bashed the queers,
turned away asylum-seekers,
fed us suspicions and fears.
We didn't raise our voice,
we didn't make a fuss.
It's funny there was no one left to notice
when they came for us.
Charles Mingus uses a version of the poem on his song "Don't Let It Happen Here"
One day they came and they took the Communists
And I said nothing because I was not a Communist
Then one day they came and they took the people of the Jewish faith
And I said nothing because I had no faith left
One day they came and they took the unionists
And I said nothing because I was not a unionist
One day they burned the Catholic churches
And I said nothing because I was born a Protestant
Then one day they came and they took me
And I could say nothing because I was as guilty as they were
For not speaking out and saying that all men have a right to freedom
On any land I was as guilty of genocide
As you
All of you
For you know when a man is free
And when to set him free from his slavery
So I charge you all with genocide
The same as I
One of the 18 million dead Jews
18 million dead people..
Asian Dub Foundation paraphrased the poem in the song "Round Up". Excerpt from the lyrics:
dem come for de rasta and you say nothing
dem come from the Muslims you say nothing
dem come for the anti-globalist you say nothing
dem even come for the liberals and you say nothing
dem come for you and who will speak for you, who ?
(source: http://jiannakarla.multiply.com/journal)
22 de novembro de 2010
CARNIVALESQUE REBELLION WEEK + BUY NOTHING DAY (NOV 22 - 28)
A few people start breaking their old patterns, embracing what they love (and in the process discovering what they hate), daydreaming, questioning, rebelling. What happens naturally then, according to the revolutionary past, is a groundswell of support for this new way of being, with more and more people empowered to perform new gestures unencumbered by history.
Think of it as an adventure, as therapy – a week of pieing and pranks, of talking back at your profs and speaking truth to power. Some of us will put up posters in our schools and neighborhoods and just break our daily routines for a week. Others will chant, spark mayhem in big box stores and provoke mass cognitive dissonance. Others still will engage in the most visceral kind of civil disobedience. And on November 26 from sunrise to sunset we will abstain en masse – not only from holiday shopping, but from all the temptations of our five-planet lifestyles.
20 de novembro de 2010
19 de novembro de 2010
Tomorrow begins Today II
In January 1996, the Zapatistas sent an invitation - for an intercontinental meeting - which concluded with the words "It is not necessary to conquer the world. It is sufficient to make it anew." The response was overwhelming. On July 27 of that year over 3,000 grassroots activists from over 40 countries spanning 5 continents gathered in Chiapas, Mexico with the aim of engaging in a collective process which raised important questions, shared stories of struggle, and started to look for some answers. Here are extracts from Subcommandante Marcos’ closing remarks of the First Intercontinental Encuentro for Humanity and Against Neoliberalism:
When this dream that awakens today in La Realidad began to be dreamed by us, we thought it would be a failure. We thought that, maybe, we could gather here a few dozen people from a handful of continents. We were wrong. As always, we were wrong. It wasn’t a few dozen, but thousands of human beings, those who came from the five continents to find themselves in the reality at the close of the twentieth century.
The word born within these mountains, these Zapatista mountains, found the ears of those who could listen, care for, and launch it a new, so that it might travel far away and circle the world. The sheer lunacy of calling to the five continents to reflect clearly on our past, our present, and our future, found that it wasn’t alone in its delirium. Soon lunacies from the whole planet began to work on bringing the dream to rest in La Realidad.
Who are they who dare to let their dreams meet with all the dreams of the world? What is happening in the mountains of the Mexican Southeast that finds an echo and a mirror in the streets of Europe, the suburbs of Asia, the countryside of America, the townships of Africa, and the houses of Oceania? What is it that is happening with the peoples of these five continents who, so we are all told, only encounter each other to compete or make war ? Wasn’t this turn of the century synonymous with despair, bitterness, and cynicism? From where and how did all these dreams come to La Realidad?
May Europe speak and recount the long bridge of its gaze, crossing the Atlantic and history in order to rediscover itself in La Realidad. May Asia speak and explain the gigantic leap of its heart to arrive and beat in La Realidad. May Africa speak and describe the long sailing of its restless image to come to reflect upon itself in La Realidad. May Oceania speak and tell of the multiple flight of its thought to come to rest in La Realidad. May America speak and remember its swelling hope to come to renew itself in La Realidad. May the five continents speak and everyone listen. May humanity suspend for a moment its silence of shame and anguish.
May humanity speak.
May humanity listen....
Each country,
each city,
each countryside,
each house,
each person,
each is a large or small battleground.
On the one side is neoliberalism with all its repressive power and all its machinery of death; on the other side is the human being.
In any place in the world, anytime, any man or woman rebels to the point of tearing off the clothes that resignation has woven for them and cynicism has dyed grey. Any man or woman, of whatever colour, in whatever tongue, speaks and says to himself, to herself: Enough is enough! !Ya Basta!
For struggling for a better world all of us are fenced in, threatened with death. The fence is reproduced globally. In every continent, every city, every countryside, every house. Power’s fence of war closes in on the rebels, for whom humanity is a l ways grateful.
But fences are broken.
In every house,
in every countryside,
in every city,
in every state,
in every country,
on every continent,the rebels, whom history repeatedly has given the length of its long trajectory, struggle and the fence is broken. The rebels search each other out. They walk toward one another. They find each other and together break other fences.
In the countrysides and cities, in the states, in the nations, on the continents, the rebels begin to recognise each other, to know themselves as equals and different. They continue on their fatiguing walk, walking as it is now necessary to walk, that is to say, struggling...
A reality spoke to them then. Rebels from the five continents heard it and set off walking. Some of the best rebels from the five continents arrived in the mountains of the Mexican Southeast. All of them brought their ideas, their hearts, their worlds. They came to La Realidad to find themselves in others’ ideas, in others’ reasons, in others’ worlds.
A world made of many worlds found itself these days in the mountains of the Mexican Southeast. A world made of many worlds opened a space and established its right to exist, raised the banner of being necessary, stuck itself in the middle of earth’s reality to announce a better future. But what next?
A new number in the useless enumeration of the numerous international orders?
A new scheme that calms and alleviates the anguish of having no solution?
A global program for world revolution?
A utopian theory so that it can maintain a prudent distance from the reality that anguishes us?
A scheme that assures each of us a position, a task, a title, and no work?
The echo goes, a reflected image of the possible and forgotten: the possibility and necessity of speaking and listening; not an echo that fades away, or a force that decreases after reaching its apogee . Let it be an echo that breaks barriers and re-echoes. Let it be an echo of our own smallness, of the local and particular, which reverberates in an echo of our own greatness, the intercontinental and galactic. An echo that recognises the existence of the other and does not overpower or attempt to silence it. An echo of this rebel voice transforming itself and renewing itself in other voices.
An echo that turns itself into many voices, into a network of voices that, before Power’s deafness, opts to speak to itself, knowing itself to be one and many. Let it be a network of voices that resist the war that the Power wages on them. A network of voices that not only speak, but also struggle and resist for humanity and against neoliberalism .
The world, with the many worlds that the world needs, continues. Humanity, recognising itself to be plural, different, inclusive, tolerant of itself, full of hope, continues. The human and rebel voice, consulted on the five continents in order to become a network of voices and of resistances, continues.
We declare:
That we will make a collective network of all our particular struggles and resistances. An intercontinental network of resistance against neoliberalism, an intercontinental network of resistance for humanity.
This intercontinental network of resistance, recognising differences and acknowledging similarities, will search to find itself with other resistances around the world.
This intercontinental network of resistance is not an organising structure; it doesn’t have a central head or decision maker; it has no central command or hierarchies. We are the network, all of us who resist.
[This is an edited version of the original Zapatista declaration - August 3 1996]
When this dream that awakens today in La Realidad began to be dreamed by us, we thought it would be a failure. We thought that, maybe, we could gather here a few dozen people from a handful of continents. We were wrong. As always, we were wrong. It wasn’t a few dozen, but thousands of human beings, those who came from the five continents to find themselves in the reality at the close of the twentieth century.
The word born within these mountains, these Zapatista mountains, found the ears of those who could listen, care for, and launch it a new, so that it might travel far away and circle the world. The sheer lunacy of calling to the five continents to reflect clearly on our past, our present, and our future, found that it wasn’t alone in its delirium. Soon lunacies from the whole planet began to work on bringing the dream to rest in La Realidad.
Who are they who dare to let their dreams meet with all the dreams of the world? What is happening in the mountains of the Mexican Southeast that finds an echo and a mirror in the streets of Europe, the suburbs of Asia, the countryside of America, the townships of Africa, and the houses of Oceania? What is it that is happening with the peoples of these five continents who, so we are all told, only encounter each other to compete or make war ? Wasn’t this turn of the century synonymous with despair, bitterness, and cynicism? From where and how did all these dreams come to La Realidad?
May Europe speak and recount the long bridge of its gaze, crossing the Atlantic and history in order to rediscover itself in La Realidad. May Asia speak and explain the gigantic leap of its heart to arrive and beat in La Realidad. May Africa speak and describe the long sailing of its restless image to come to reflect upon itself in La Realidad. May Oceania speak and tell of the multiple flight of its thought to come to rest in La Realidad. May America speak and remember its swelling hope to come to renew itself in La Realidad. May the five continents speak and everyone listen. May humanity suspend for a moment its silence of shame and anguish.
May humanity speak.
May humanity listen....
Each country,
each city,
each countryside,
each house,
each person,
each is a large or small battleground.
On the one side is neoliberalism with all its repressive power and all its machinery of death; on the other side is the human being.
In any place in the world, anytime, any man or woman rebels to the point of tearing off the clothes that resignation has woven for them and cynicism has dyed grey. Any man or woman, of whatever colour, in whatever tongue, speaks and says to himself, to herself: Enough is enough! !Ya Basta!
For struggling for a better world all of us are fenced in, threatened with death. The fence is reproduced globally. In every continent, every city, every countryside, every house. Power’s fence of war closes in on the rebels, for whom humanity is a l ways grateful.
But fences are broken.
In every house,
in every countryside,
in every city,
in every state,
in every country,
on every continent,the rebels, whom history repeatedly has given the length of its long trajectory, struggle and the fence is broken. The rebels search each other out. They walk toward one another. They find each other and together break other fences.
In the countrysides and cities, in the states, in the nations, on the continents, the rebels begin to recognise each other, to know themselves as equals and different. They continue on their fatiguing walk, walking as it is now necessary to walk, that is to say, struggling...
A reality spoke to them then. Rebels from the five continents heard it and set off walking. Some of the best rebels from the five continents arrived in the mountains of the Mexican Southeast. All of them brought their ideas, their hearts, their worlds. They came to La Realidad to find themselves in others’ ideas, in others’ reasons, in others’ worlds.
A world made of many worlds found itself these days in the mountains of the Mexican Southeast. A world made of many worlds opened a space and established its right to exist, raised the banner of being necessary, stuck itself in the middle of earth’s reality to announce a better future. But what next?
A new number in the useless enumeration of the numerous international orders?
A new scheme that calms and alleviates the anguish of having no solution?
A global program for world revolution?
A utopian theory so that it can maintain a prudent distance from the reality that anguishes us?
A scheme that assures each of us a position, a task, a title, and no work?
The echo goes, a reflected image of the possible and forgotten: the possibility and necessity of speaking and listening; not an echo that fades away, or a force that decreases after reaching its apogee . Let it be an echo that breaks barriers and re-echoes. Let it be an echo of our own smallness, of the local and particular, which reverberates in an echo of our own greatness, the intercontinental and galactic. An echo that recognises the existence of the other and does not overpower or attempt to silence it. An echo of this rebel voice transforming itself and renewing itself in other voices.
An echo that turns itself into many voices, into a network of voices that, before Power’s deafness, opts to speak to itself, knowing itself to be one and many. Let it be a network of voices that resist the war that the Power wages on them. A network of voices that not only speak, but also struggle and resist for humanity and against neoliberalism .
The world, with the many worlds that the world needs, continues. Humanity, recognising itself to be plural, different, inclusive, tolerant of itself, full of hope, continues. The human and rebel voice, consulted on the five continents in order to become a network of voices and of resistances, continues.
We declare:
That we will make a collective network of all our particular struggles and resistances. An intercontinental network of resistance against neoliberalism, an intercontinental network of resistance for humanity.
This intercontinental network of resistance, recognising differences and acknowledging similarities, will search to find itself with other resistances around the world.
This intercontinental network of resistance is not an organising structure; it doesn’t have a central head or decision maker; it has no central command or hierarchies. We are the network, all of us who resist.
[This is an edited version of the original Zapatista declaration - August 3 1996]
Tomorrow begins Today I
I know of a place not so far away
Where no government holds sway
Where no Prime Minister is given the time of day
Where the people demand to have a say
And they say tomorrow begins today
So I know I have to find a way
I'm leaving, leaving today
To where no fences may bar my way
Where my imagination
Can be led astray
'Cause Tomorrow begins Today
Tomorrow begins Today
Where no government holds sway
Where no Prime Minister is given the time of day
Where the people demand to have a say
And they say tomorrow begins today
So I know I have to find a way
I'm leaving, leaving today
To where no fences may bar my way
Where my imagination
Can be led astray
'Cause Tomorrow begins Today
Tomorrow begins Today
Asian Dub Foundation
10 de novembro de 2010
We have been metamorphosised
"There are no longer 'dancers.' the possessed.
The cleavage of men into actor and spectators is the central fact of our time.
We are obsessed with heroes who live for us and whom we punish.
If all the radios and televisions were deprived of their sources of power, all books and paintings burned tomorrow, all shows and cinemas closed, all the arts of vicarious existence...
We are content in the 'given' in sensation's quest.
We have been metamorphosised from a mad body dancing on hillsides to a pair of eyes staring in the dark."
The Lords and the New Creatures
James Douglas Morrison.
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