31 de janeiro de 2011

Tudo que resta

Procurava respostas
mas existem perguntas?

Esse nunca é meu sempre

Meu longe é além
Não que minha vista alcance o horizonte
É que meu quando é amanhã

Não me abriga
esse eterno outro lugar

Não me abriga
esse meu nome

Minha voz
não reconheço

Não levo nada nas mãos
Meu verso é silêncio
Meu gesto é vazio

A pilha de livros mal lidos
E mais outros tantos
Recém saídos
Das velhas estantes
Tocados somente pela poeira
Ainda hão de servir
Pois esse excesso de falta
Não pode ser tudo que resta
Esse excesso de falta
Não pode ser nada

Salvador Passos

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