2 de setembro de 2011

Ia ser vento

Quem dera fosse poeta
Largava essa vida concreta
Essa vidinha
De 8 às 18
Na frente da tela
Tirando remela dos sonhos do fundo da noite passada
Pulava pela janela
Morria bem nos teus braços
Saía logo da cela
& descobria que tudo é mentira
De verdade mesmo só tem o poema de mentira que escrevi pra você
Largava essa putaria de querer ganhar dinheiro
Ia fazer ilusão o dia inteiro
Ia ser vento
Viver de vento
Bandeirar no azul momento

Escrevendo os versos ventados e inventados nos dias mais tristes bem ao teu lado

Salvador Passos

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