Caminhamos disntâncias intrasnponíveis para sermos nós mesmos
Esse vazio nos chega disto tudo
Somos o que nos chega, 
o que nos suporta
Apenas somos em algum momento
Estamos nisso que chegamos agora
Este ponto que nós somos 
subtraí-nos
Queria falar para todas as pessoas que calaram em mim
Todas disseram alguma coisa no fundo 
& na superficie seguem me sobrando
Aquelas que falaram mais alto 
Agora calam
É o mistério destas vozes que me fez quem sou
É nestes traços que nos encontramos e seguimos sendo
Somos a cada instante alguma outra coisa impermanente
Sinto que o não dizer de minhas faltas é muito mais eu mesmo do que este eu que aqui escreve 
Como serei qualquer coisa se me sinto mais eu mesmo quando não sou?
Esta distância entre eu mesmo e esse esmo de mim mesmo é a medida do meu ser
Há nesta constatação um certo fatalismo
E todo fatalismo revela e liberta
Pois ao nos prender a algo inexorável, nos liberta do peso que nos prende
Se não há como resistir, se inventa
Salvador Passos
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