27 de maio de 2013

ode ao horizontalismo (ou a poemática)

quero o horizontalismo
não à arbitrariedade
quero o sonho
não  realidade

não ao verticalismo

quero o que não resiste
tudo o que enfim insiste em ser

quero o anarco utopismo livre
livre o anarco utopismo livre
livre nos do radicalismo (c)ego

Deus nos livre
Deus nos livre do Diabo
Deus nos livre de Deus
Deus se livre
livre deus de nós
livre deus de deus
se deus quiser
(ou se não quiser - que seja)

quero um deus livre de qualquer deus


não ao que simplesmente é
sim aquilo que não é

quero aquilo que fabrica a noite
quero aquilo que me bate à porta
quero aquilo que a noite trás
quero a treva
a trova
a morte morta
a vida viva
a porta aberta
quero tudo aquilo que não é

pouco importa se alguém escreve
quero que sejamos todos

Somos multidão

Não à divisão
quero multiplicação
A voz diversa

nada de determinar quem é ou quem não é

abram todas portas
vejam as faces no meio da multidão
elas não são tristes
elas dizem sim
elas riem

nada de fechar janelas

não àqueles que só determinam
não ao não daqueles
que só querem não

Salvador Passos

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