4 de julho de 2013

bora lá (nas portas do império)

bora lá na praça
aonde a morte ronda
e o guarda ronca

bora lá na praça
onde o vento assopra
e amassa o tempo
bora lá aonde o tempo passa
amansa o passo

bora lá na porta do império
gritar

bora lá
perder o tempo
e voltar depois

bora lá
pra ver no qué que dá

bora lá
ferver o verbo e ver no qué que dá

bora lá
ranger os dentes
beber metal fundido
o peito aberto a voz aos berros
o dedo médio
em riste

bora lá

bora lá

bora lá

vai que o cara cai...

Salvador Passos

Nenhum comentário:

Postar um comentário