preso no trânsito
retorno
aos meus pensamentos
estacionamento
recordo o trono dos mortos
canto sereno
não o das sirenes
atropelamento
dos sentidos
pela ideia fixa de não ser coisa nem tempo
ser sereno
no deslocamento
a vida:
caminho só de ida
coisa que não se acomoda no peito
nó de não ser o que se foi um dia
deixar-se ir
preso no engarrafamento
cor que corta os ossos
flor que forja odores moribundos
aço que corta o nó das horas
atropela ausências
apodrecimento
enrijecimento
cor que corta
nó que enrosca
ser a sede que não cede
Salvador Passos
Nenhum comentário:
Postar um comentário