A melhor forma de se vingar do capital é escrevendo poesia. Os bancos
odeiam quem faz poesia. O dinheiro odeia poetas. Porque poeta não
precisa de muito. Poeta não quer um carro do ano. Não quer uma mansão no
Itaim Bibi. Poeta só gosta de ostentar sua solidão. Meu bar predileto
fechou as portas, meu pai está falindo, meus melhores amigos estão
desempregados aí como forma de vingança não vou trabalhar e abro uma
garrafa de conhaque seresteiro às 9 da manhã. O presidente do banco
central bufa de ódio quando um cara como eu não se endivida e resolve
todos os problemas econômicos com literatura.
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