v — meu nome é vento,
passo sem ser visto
aliso crinas, enlaço dálias, resisto, despisto
mas quando me enfureço
derrubo muros, esmurro rimas, usinas, destruo
São Paulo em chamas, caóticas esquinas
o edifício da Fiesp em ruínas
v — meu nome é vento,
passo sem ser visto
mas num piscar de olhos
espalho teu ouro, arraso tua herança
e deixo inscrito em grafite no topo da torre do céu
meu outro nome
v de vingança
Ademir Assunção
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