põe poema no avulso
avilta o prumo
a porta
o entreposto
segue o rumo do teu pranto
o sumo
a vértebra
vertente mestra
enquanto o soco tange o infinito
arfa o ar de teus sufocos
& não deixa a falta de fôlego afogar os teus delírios
põe poema no poente
bem nas reticências do infinito
posta um ponto teu
entre os três já postos pontos
estica a corda sobre o abismo e anda
como um enfermo do evangelho
salta o salto sobre o precipício
se possível caia
& cisma sem lirismo
cataclisma enquanto liturgia
trago a doença que é a cura
(levanta-te e uiva!)
Salvador Passos
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