9 de junho de 2016
aponto as sobras de amor pra extinguir o medo das cobras
foi como respirar com um drone atravessado
na glote, te ver doer assim me assou as asas.
ô baby, eu queria tanto desamassar esse pão,
confiscar o novelo desses minotauros, roubar
o santo sudário pra enxugar tua testa, rebocar
o sol dessa tarde à base de cal, lavar teu sangue
com a minha ausência, ensinar a eles a leveza
da tua camomila, apagar esses hematomas cor-
de-ninguém, resolver essa richa numa partida
de jokempô, we know things are bad - worse
then bad. they're crazy. é o nosso judô juvenil
contra aquela legião de bestas. a manada estou-
rando e a gente no front com um girassol na boca.
esses pacifóbicos, esses barulhômanos. há quem
ceda ao sal dessa sede e duvide do nosso taco,
netos de caim caindo de paraquedas na nossa
marcha; mas eles não passarão, Passarão, essa
guerra não é dos que usam garra postiça, é na língua
deles que o chiclete vai azedar. ontem não teve hoje
que consolasse, mas baby, você lembra o refrão,
amanhã a gente acerta a tônica dessa porrada toda. ó
minha grande, ó minha pequena, esses brutamontes
não merecem o brócolis que brota de tuas veias,
guarda tua lágrima pruma outra season finale que
nesta temporada não seremos o plot twist. não
caberá nessa jaula o nosso rugido, não será tele-
guiada essa revolução. agora dança, coala, forget
our troubles and dance, descalça tua melhor alpar-
gata e valsa. let's play that. insiste nesse passo, vai
repassando a tática até virar viral. fala que o segredo
tá no ritmo, eles têm medo de quem sabe dançar.
Camillo José
(29 de abril:o verso da violência)

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