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com a passagem das palavras
o dorso
a vértebra
o osso
penar palavras
o fogo
ladrão de ossos
arqueólogo de uma geografia obscura
o procedimento nômade
a tradição delirante
telefones rasgam a noite
morte e dinheiro em seu incesto
sinto pena da solidão teleguiada
rádios que perturbam meu silêncio
signos do nada
estática aberta
atento busco as palavras
o corpo das palavras
incorporo
qual cavalo
estou luso
solavancos cortam o branco
ossos da ausência
como os navios que desbravam o distante horizonte
rocha
pedra
mandíbula que mastiga nomes
pra cuspir distancias e insônias
no armário da cozinha
outro verme come meu miojo
Salvador Passos
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