20 de outubro de 2016

Ao navio que partiu sem mim

Eros manda avisar
que não habita parlamento
Que o amor não é
uma social-democracia
Que onde dois são dois
a discórdia faz ninho
Que o livre-arbítrio
é a desculpa da apatia
Que o tirano e o escravo
são gêmeos siameses
Que o indivíduo é um aborto
iluminista
Que a Vontade se alimenta
de sangue
Que o mártir é publicitário
Que a sorte é uma navalha
Que a saudade é um labirinto
 
Italo Diblasi

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