há um silêncio nas coisas que se ausenta das palavras, perde nomes, 
veste noites, arfa insônias, atiça o relento dos naufrágios, há um 
silêncio nos poemas, uma ausência que se arma de esquinas e 
esquecimentos, há uma garganta que arranha noturnas engrenagens, 
escafandros percorrem profundas madrugadas, há uma chuva de silêncios 
incontidos, os relógios marcam o estágio dos espantos: prantos de uma 
noite cega 
Salvador Passos 
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