A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

3 de abril de 2011

November 1973

From the wild nights of Athens…
When the small and the great clashed
the small won,
so that the great could become a leading
guide of truth…

Auntie, light the candle, we shall win…
From the wild nights of Athens…
Wolves in the dark, wolves hunt down
a virgin deer, they tear its belly drink its blood
and inside them, I think,
their beastly heart is shaken.

Auntie, light the candle, we shall win…
I begin a song and the cyclical dance starts
In the wax silence of censorship
The knowledge circulates
Don’t disturb my circles…a muddled up transistor.

Auntie, light the candle, we shall win…
From the wild nights of Athens….
Think all together, you slaves….
The nightingale sang to you from the stone balcony…
And it only sings once!

Nikolas Asimos

Athens’ anarchist troubadour


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