A Caverna
Jean Louis Battre, 2010
29 de abril de 2011
Wizards (1977)
28 de abril de 2011
DAS UTOPIAS
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mario Quintana
27 de abril de 2011
26 de abril de 2011
You don’t need a weatherman to know which way the wind blows
Subterranean Homesick Blues
Johnny’s in the basement
Mixing up the medicine
I’m on the pavement
Thinking about the government
The man in the trench coat
Badge out, laid off
Says he’s got a bad cough
Wants to get it paid off
Look out kid
It’s somethin’ you did
God knows when
But you’re doin’ it again
You better duck down the alley way
Lookin’ for a new friend
The man in the coon-skin cap
By the big pen
Wants eleven dollar bills
You only got ten
Maggie comes fleet foot
Face full of black soot
Talkin’ that the heat put
Plants in the bed but
The phone’s tapped anyway
Maggie says that many say
They must bust in early May
Orders from the D.A.
Look out kid
Don’t matter what you did
Walk on your tiptoes
Don’t try “No-Doz”
Better stay away from those
That carry around a fire hose
Keep a clean nose
Watch the plain clothes
You don’t need a weatherman
To know which way the wind blows
Get sick, get well
Hang around a ink well
Ring bell, hard to tell
If anything is goin’ to sell
Try hard, get barred
Get back, write braille
Get jailed, jump bail
Join the army, if you fail
Look out kid
You’re gonna get hit
But users, cheaters
Six-time losers
Hang around the theaters
Girl by the whirlpool
Lookin’ for a new fool
Don’t follow leaders
Watch the parkin’ meters
Ah get born, keep warm
Short pants, romance, learn to dance
Get dressed, get blessed
Try to be a success
Please her, please him, buy gifts
Don’t steal, don’t lift
Twenty years of schoolin’
And they put you on the day shift
Look out kid
They keep it all hid
Better jump down a manhole
Light yourself a candle
Don’t wear sandals
Try to avoid the scandals
Don’t wanna be a bum
You better chew gum
The pump don’t work
’Cause the vandals took the handles
Bod Dylan
25 de abril de 2011
lluvia
y pareciera que están lavando el mundo
mi vecino de al lado mira la lluvia
y piensa escribir una carta de amor
una carta a la mujer que vive con él
y le cocina y le lava la ropa y hace el amor con él
y se parece a su sombra
mi vecino nunca le dice palabras de amor a la
mujer
entra a la casa por la ventana y no por la puerta
por una puerta se entra a muchos sitios
al trabajo, al cuartel, a la cárcel,
a todos los edificios del mundo
pero no al mundo
ni a una mujer
ni al alma
es decir
a ese cajón o nave o lluvia que llamamos así
como hoy
que llueve mucho
y me cuesta escribir la palabra amor
porque el amor es una cosa y la palabra amor es otra cosa
y sólo el alma sabe dónde las dos se encuentran
y cuándo
y cómo
pero el alma qué puede explicar
por eso mi vecino tiene tormentas en la boca
palabras que naufragan
palabras que no saben que hay sol porque nacen y
mueren la misma noche en que amó
y dejan cartas en el pensamiento que él nunca
escribirá
como el silencio que hay entre dos rosas
o como yo
que escribo palabras para volver
a mi vecino que mira la lluvia
a la lluvia
a mi corazón desterrado
Juan Gelman
24 de abril de 2011
23 de abril de 2011
La civilización occidental y cristiana ("Western-Christian Civilization", 1965)
León Ferrari (born in 1920), is a contemporary conceptual artist. His art often deals with the subject of power and religion.He has also dealt with issues of United States influence -- in his best-known work, La civilización occidental y cristiana ("Western-Christian Civilization", 1965), Christ appears crucified on a fighter plane, as a symbolic protest...
20 de abril de 2011
State of Working America
Over the last three decades, inequality has grown by almost all measures. Historically, while those at the top of the income distribution have enjoyed far higher average incomes than everybody else, the gap between the top and the bottom has grown enormously in recent years, driven both by slowdowns in income growth at the bottom and middle, and rapid acceleration of income growth at the top. In addition, there has been a further pulling apart even within uppermost reaches of the income scale, as the richest of the rich have seen significantly faster gains than the merely affluent. These outcomes are true when measured by family income, by wages, and by wealth. Clear disparities exist between racial and ethnic groups, and they have also grown over time in the form of higher poverty rates and larger wealth gaps. Furthermore, access to “good jobs”—those not only with decent wages, but also access to pensions and health insurance—is far lower among the lower income and non-white groups, and the gulf between access to such benefits is growing over time.
This fragmenting of income growth has been accompanied by other fissures—for example, those at the bottom of the income distribution are not only less likely to get ahead financially, but they have also been left behind when it comes to recent gains to overall life expectancy. In the past three decades, it has been impossible to answer the basic question of “how’s the economy doing” without first specifying for whom.
State of Working America
19 de abril de 2011
15 de abril de 2011
Ato revolucionário
(In a time of universal deceit, telling the truth is a revolutionary act)
George Orwell
Pirates and Emperors, old and new
Noam Choamsky; Pirates and Emperors, old and new
14 de abril de 2011
Silêncios 2
fala quando cala
Quem fala é o não ouvir dele
Não tem significado ou significância
apenas insignificância
como o vento ou o verso
é reverso do intento de dizer qualquer coisa
Diz coisa alguma, ou menos ainda
O não existir deste silêncio me faz pensar na minha existência
Este não existir me diz que existo
Eu aqui
perante o nada do silêncio
Penso
no tudo do restante que é não calar
Salvador Passos
Assim é que elas foram feitas
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
Dependimentos demais
E tarefas muitas –
Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
O silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio das coisas anônimas –
Passaram essa tarefa para os poetas.
Manoel de Barros
Silêncios
Nada novo
Só repetições intermináveis
Ouça o ruído das repetições
No cinema
Nos jornais
Nos anúncios
Nas músicas
Na TV
À nossa volta
Ouça a paralisia de tudo e de todos
Só as mesmas crises como avalanche
E logo em seguida alguém na TV fala que o pior já passou
Esse silêncio é nada
Porque tudo está por vir
Esse silêncio é paralisia
A calmaria ante a tempestade
Não é profecia é fato
Pois esse nada não pode ser tudo
Esse silêncio não pode ser nada
Salvador Passos
Queria tudo e tanto
Que calei
Queria correr tanto
Que cansei
Queria amar tanto
Que sonhei
Queria tudo e tanto
Que deitei
Queria viver tanto
Que morri
E na morte não morrida
vi a vida não vivida
E na falta disto tudo
Só palavra sem sentido
Fala sem princípio
Sonho não dormido
Tanta coisa pra dizer
& meu silêncio em tua boca
Salvador Passos
13 de abril de 2011
Tabacaria
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Álvaro de Campos, 15-1-1928
12 de abril de 2011
Carlos Latuff "El dibujo Antimperialista"
En la imagen la obra The Coca Cola series final de Carlos Latuff. Esta obra es un détournement (distorsión del significado y uso original de un objeto para producir un efecto crítico) de la famosa foto tomada en Vietnam por Eddie Adams el 1 de febrero de 1968. Ver Eddie Adams en Vietnam y la historia que hay tras la foto.
In the image the book The Coca Cola final series by Carlos Latuff. This work is a détournement (distortion of the meaning and original use of an object to produce a critical effect) of the famous photo taken by Eddie Adams Vietnam on February 1, 1968. View Eddie Adams in Vietnam and the story behind the photo.
Carlos Latuff "El dibujo Antimperialista"
Carlos Latuff "El dibujo en la revolución en Egito;
11 de abril de 2011
Poema Caliente
Nossos corpos estão tão unidos
que posso sentir as batidas do seu coração
Nossa respiração confunde-se com a do outro...
Nossos movimentos são sincronizados...
Indo e voltando... para frente e para trás ...
Às vezes pára, e então,
quando nos cansamos da mesma posição,
nos esforçamos para mudar,
mesmo que seja só por pouco tempo.
O suor de nossos corpos começa a fluir
sem nada que possamos fazer
Um calor enorme parece que nos fará desmaiar...
Uma força ainda maior nos faz ficar
ainda mais colados um ao outro
e quando não agüentamos mais segurar
uma voz ecoa em nossos ouvidos:
"PRÓXIMA ESTAÇÃO, ESTÁCIO,
estação de transferência para linha 2,
desembarque pelo lado direito".
Autor desconhecido
10 de abril de 2011
Machine Gun
Machine Gun
Tearing my body all apart
Machine Gun, yeah
Tearing my body all apart
Evil man make me kill ya
Evil man make you kill me
Evil man make me kill you
Even though we’re only families apart
Well I pick up my axe and fight like a farmer
(You know what I mean)
Hey! And your bullets keep knocking me down
Hey, I pick up my axe and fight like a farmer now
Yeah, but you still blast me down to the ground
The same way you shoot me down, baby
You’ll be going just the same
Three times the pain,
and your own self to blame
Hey, Machine Gun
I ain’t afraid of your mess no more, babe
I ain’t afraid no more
After a while, your, your cheap talk don’t even cause me pain,
so let your bullets fly like rain
’Cause I know all the time you’re wrong baby
And you’ll be going just the same
Yeah, Machine Gun
Tearing my family apart
Yeah, yeah, alright
Tearing my family apart
(Don’t you shoot him down)
(He’s ’bout to leave here)
(Don’t you shoot him down)
(He’s got to stay here)
(He ain’t going nowhere)
(He’s been shot down to the ground)
(Oh where he can’t survive, no, no)
Yeah, that’s what we don’t wanna hear anymore, alright?
(No bullets)
At least here, huh huh
(No guns, no bombs)
Huh huh
(No nothin’, just let’s all live and live)
(You know, instead of killin’)
Jimy Hendrix & Band of Gypsies
9 de abril de 2011
8 de abril de 2011
7 de abril de 2011
Ervilha da Fantasia
"Não sei se todos os povos amam seus cientistas, mas todos os povos amam seus poetas."
Paulo Leminski
Circulares
lá no seu nulo
é o prin
cípio
precipício de tudo
cais nulo
casulo
do mundo
o circo
circula
fazendo do fim do mundo
o princípio de tudo
6 de abril de 2011
Mohamed Bouazizi
Estou viajando mãe. Perdoe-me. Reprovação e culpa não vão ser úteis. Estou perdido e está fora das minhas mãos. Perdoe-me se não fiz como você disse e desobedeci suas ordens. Culpe a era em que vivemos, não me culpe. Agora vou e não vou voltar. Repare que eu não chorei e não caíram lágrimas de meus olhos. Não há mais espaço para reprovações ou culpa nessa época de traição na terra do povo. Não estou me sentindo normal e nem no meu estado certo. Estou viajando e peço a quem conduz a viagem esquecer.
Mohamed Bouaziz
Vendedor de rua tunisiano que ateou fogo no próprio corpo no dia 17 de dezembro de 2010. Este gesto foi o estopim dos protestos na Tunísia que levaram ao então presidente Ben Ali a renunciar depois de 23 anos no poder.
Matou-se porque não podia trabalhar, não podia sobreviver e não podia aceitar a humilhação de levar uma bofetada diante do confisco de sua mercadoria. Seu gesto desencadeou a revolução.
4 de abril de 2011
The times they are a'changing
Bob Dylan - The Times they are A-changin' -1965
Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'
Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'
Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside ragin'
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'
Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'
The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'
Bob Dylan
3 de abril de 2011
November 1973
From the wild nights of Athens…
When the small and the great clashed
the small won,
so that the great could become a leading
guide of truth…
Auntie, light the candle, we shall win…
From the wild nights of Athens…
Wolves in the dark, wolves hunt down
a virgin deer, they tear its belly drink its blood
and inside them, I think,
their beastly heart is shaken.
Auntie, light the candle, we shall win…
I begin a song and the cyclical dance starts
In the wax silence of censorship
The knowledge circulates
Don’t disturb my circles…a muddled up transistor.
Auntie, light the candle, we shall win…
From the wild nights of Athens….
Think all together, you slaves….
The nightingale sang to you from the stone balcony…
And it only sings once!
Nikolas Asimos
A lost poem of Katerina
Don’t you stop me. I am dreaming.
We lived centuries of injustice bent over.
Centuries of loneliness.
I am dreaming freedom.
All-beautiful uniqueness
To reinstitute
The harmony of the universe.
Lets play. Knowledge is joy.
Its not school conscription.
I dream because I love.
Great dreams in the sky.
Workers with their own factories
Contributing to world chocolate making.
I dream because I KNOW and I CAN.
Banks give birth to “robbers”.
Prisons to “terrorists”.
Loneliness to “misfits”.
Products to “need”
Borders to armies.
All caused by property.
Violence gives birth to violence.
Don’t now. Don’t you stop me.
The time has come to reinstitute
the morally just as the ultimate praxis.
To make life into a poem.
And life into praxis.
It is a dream that I can I can I can
I love you
And you do not stop me nor am I dreaming. I live.
I reach my hands
To love to solidarity
To Freedom.
As many times as it takes all over again.
I defend ANARCHY.
Anarchy
Thou art the grisly terror of our age.
"Wreck of all order," cry the multitude,
"Art thou, and war and murder's endless rage."
O, let them cry. To them that ne'er have striven
The truth that lies behind a word to find,
To them the word's right meaning was not given.
They shall continue blind among the blind.
But thou, O word, so clear, so strong, so pure,
Thou sayest all which I for goal have taken.
I give thee to the future! Thine secure
When each at least unto himself shall waken.
Comes it in sunshine? In the tempest's thrill?
I cannot tell--but it the earth shall see!
I am an Anarchist! Wherefore I will
Not rule, and also ruled I will not be!
Anarchism: what it really stands for
" THE history of human growth and development is at the same time the history of the terrible struggle of every new idea heralding the approach of a brighter dawn. In its tenacious hold on tradition, the Old has never hesitated to make use of the foulest and cruelest means to stay the advent of the New, in whatever form or period the latter may have asserted itself.
(...)
Anarchism could not hope to escape the fate of all other ideas of innovation. Indeed, as the most revolutionary and uncompromising innovator, Anarchism must needs meet with the combined ignorance and venom of the world it aims to reconstruct.
(...)
Will it not lead to a revolution? Indeed, it will. No real social change has ever come about without a revolution. People are either not familiar with their history, or they have not yet learned that revolution is but thought carried into action.
Anarchism, the great leaven of thought, is today permeating every phase of human endeavor. Science, art, literature, the drama, the effort for economic betterment, in fact every individual and social opposition to the existing disorder of things, is illumined by the spiritual light of Anarchism. It is the philosophy of the sovereignty of the individual. It is the theory of social harmony. It is the great, surging, living truth that is reconstructing the world, and that will usher in the Dawn."
2 de abril de 2011
Opressão gera opressão
Burning Fence
And the schools you can't get into
Change your job sell your house pretend to get a faith
Go to church and pray for a new merc or volvo what's the truth it's just a new way of lying channel switchin channel flickin too much choice you're veggin out
Don't wanna be a loner or out on your own get in the zone Turn up the megaphone
Climb on board the mothership revolution the true Universal is the one solution How long you gonna sit on a burning fence
Don't matter what you're for only what you're against they bought a dream now they can't wake up
Gonna wake you up
Don't need a reason cos no reason.is reason enough They're all demanding whose side you're on
Who's side I'm on
How many points you need to be a true citizen
Don't wanna choose between a liar and a thief blood red pale blue both pretending to be green so far from home in this home from home
Get out my way Here comes a molotov latte
Climb on board the mothership revolution the true
Universal is the one solution
How long you gonna sit on a burning fence
Don't matter what you're for only what you're against Who's gonna be the next to rise up and chant
Who's the piggy in the middle now
Who's gonna be the next to rise up and chant Keep on running
Running from the middle ground
Who's gonna be the next to rise up and chant
Riot start in IKEA
Who's gonna be the next to rise up and chant
In the buzzword battleground
Goin nowhere faster now
Tomorrow Begins Today
where no government holds sway
where no Prime Minister is given the time of day
where the people demand to have a say
and they say tommorow begins today
so i know i have to find a way
i'm leaving today
to where fences may bar my way
where my imagination
can be lead astray
tomorrow begins today
Oil
How did we get to this?
(We want your oil)
The villages are mined the contract's been signed
we'll tell you one more time
(We want your oil)
Supply no longer guranteed we demand security
Running out of Texas tea
(We want your oil)
Children of the CIA we want somewhere new to play
Better get right out the way
(We want your oil)
Civilisation birth nerve centre of the earth
Welcome to our new turf
(We want your oil)
How did we get to this lord?
How did we get to this?
How did we get to this lord?
How did we get to this ?
Smart bomb with more brains than the President
Blipping and bleeping as they target residents
Of market squares and hospital wards King rat is safe in the wings of the hawk
While King rat is safe in the wings of the hawk
Watch me now
Beat seeking missile gonna blast yer mind out
Bomb for peace I'm gonna burn your eyes out
I'm covering my ears don't wanna receive it
I'm trembling in fear say me can't belive it
Inspector defector arms dealer revealer
Document leaker over here Mr.Speaker
A spin refugee like Mohammed Ali
Me say no Iraqi ever called me Paki
How did we get to this lord?
How did we get to this?
A secret never to be told always to be sold
Digging out the Black gold
(We want your oil)
Petro junkies must be fed Going Barefoot in the head
It's S.U.V's with warheads (We want your oil)
Tearing up formalities there is no neutrality
Welcome to reality (We want your oil)
Ignore treates line by line Litte countries fall behind
The lunatics will lead the blind (We want your oil)
The lunatics will the blind
How did we get to this load?
How did we get to this?
Flyover
Sing! Flyover, Flyover
Chance! Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Sing! Flyover, Flyover
Don't wanna get back don't wanna get captured,
Chance! Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Sing! Flyover, Flyover
Mr.Chance met your products and get out of my way,
There ain't enough hours in my day,
The cities on fire in the pouring rain,
seem as life is faster than a run-a-way train,
Hit the buzzer da da shi shi for computers ab da shi, the bloody turf wanna me to find a new chief,
And get beding the wheel-a-way, never going home,
Speeding and sliding inside the transit zone
Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Flyover, Flyover
Don't wanna get back don't wanna get captured,
Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Flyover, Flyover
Don't wanna get back don't wanna get captured
Speeding through the heebies about 20 percent, watcha red between a buty and a innocent,
Rubbing shoulders with a su-su-super classic engine, burning out the ura and salt cans and tank,
Choking up a land of fire smoking up the air, some days you rather be anywhere but here,
Choking up a land of fire smoking up the air, some days you rather be anywhere but here
Sing! Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Flyover, Flyover,
Don't wanna get back don't wanna get captured,
Flyover
Ooh, the city is blind but it will not slow down, the try for destruction is the heaviest sound,
The city is blind but it will not slow down, the try for destruction is the heaviest sound,
Is the heaviest sound, is the heaviest sound,
Flyover, flyover,
Is the heaviest sound,
Flyover, flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Shift to the underworld and it's another story, as the sales surround you with positive energy,
As the baseline ba da ba da be da be agree activity
I said you know this is the place to be, You know it's always been the place to be, you know it's always been the place to be,
I said you know this is the place to be,
I got dem, got dem longdisady
Flyover, Flyover
Step on the gas get down in the accelerator,
Flyover, Flyover
Don't wanna get back don't wanna get captured,
Don't wanna be down in the station in the stroke of midnight, nobody wanna go where there's plenty of light,
Asking for direction when I'm tired of a way, you know there's never time, you know there's never been a powers in the day,
You know there's never been a powers in the day, in the day, in the day,
The city is blind but it will not slow down, the try for destruction is the heaviest sound
Take Back The Power
See their smile read their file
By hook or by crook they always find their way
Still at the bottom of the learning curve
Maybe got the leaders that we deserve
Bitin the burger makes our brains get smaller
Waistlines getting larger we wanna make it harder
We gotta be as hungry as they are
We gotta be as hungry as they are
Get hungry get angry get hungry and take back the power
Put your fist in the air rebels here and everywhere
Do we rise do we fall are we playing truth or dare
Time dem tought
Justice rough
A million on the streets don't seem to be enough
Taken for a ride way down inside
Livin rent free within your mind Mercanary military use everything they got
Coup d'état make us pay for every shot
Believe the world they show breathe the air they blow
Losing sense of what i know is real and what is not
We gotta be as hungry as they are
We gotta ba as hungry as they are
Get hungry get angry and take back the power
Put your fist in the air rebels here and everywhere
Do we rise do we fall are we playing truth or dare .
1000 mirrors
A scream a shout far in the distance
Maybe the first or second floor
Curtains colouring the windows
Never see behind closed doors
A silent siege behind politeness
Domestic harmony for show
Lost in the mirage of a marriage
Outside a world she'll never know
And as I see through the real you
I'm falling straight into
A thousand broken Mirrors
I can't hide
And outside the bright lights
Can't hide the pain inside
And I've broken a thousand mirrors
Now it's time
Now it's time
Now it's time
Now it's time
Loving her children with a passion
Protecting them at any cost
Taking the only course of action
There's no more bridges left to cross
Who are the ones that are the guilty?
Who are the ones that bear the scar?
We must not leave our sisters bleeding
We sing this song for Tsoora Shah
And as I see through the real you
I'm falling Straight into
A thousand broken Mirrors
I can't hide
And outside the bright lights
Can't hide the pain inside
And I've broken a thousand mirrors
Now it's time
Now it's time
Now it's time
Now it's time