A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

11 de setembro de 2014

Según los científicos el presente es una ilusión

Según los científicos el presente es una ilusión.
Nada es tan estable como para considerarse "presente".
En este momento la luz de nuestras pantallas tarda
una pequeña fracción de segundo en llegar a nosotros.
Todo llega a nuestra percepción con un pequeño retraso.
Entonces todo ocurre en el pasado.
El presente no existe.
Lo mas cercano al presente es lo que ocurre en nuestra mente,
y aún así existe una demora entre el pensamiento y la conciencia.
entre el sentir y el razonar.
Lo único que podemos hacer es tratar de aprovechar
el pasado más próximo
viviendo con más intensidad, pretensión y anhelo
de convertir cada instante en algo maravilloso.
Pero ¿de qué manera? ¿Cuál es el propósito? ¿Qué es desperdiciar el tiempo?
¿Cuál es nuestra misión en la tierra que justificaría nuestra existencia?
Las piedras se ríen de nosotros.

Antolín

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