1. kansai street food
kansai 2032
o retrowave está morto e placas
de trânsito são uma mentira recorrente
nós
enquanto jovens
pressionamos a
ponta dos dedos contra o nariz dos desconhecidos
(we can’t wait for this wonderful celebration of brazilian culture )
não é nossa culpa
esses sintetizadores ainda
persistentes
na paisagem morta da
pequena kansai
2. make torey pudwill great again
quando as tuas e as
minhas artérias forem inevitáveis
transmissores de sinal AM
teremos mais infinidades
a postos e muros a erguer
an endless ledge on the way
tudo o mais será por falta de velas,
todo o fracasso que possa
nos ocorrer
3. lohanne vekanandre stephanie smith bueno hahaha de raio laser bala de icekiss
(...) aqui é onde as ideologias vêm para morrer
O hippie malcriado cheirando cocaína em notas de 20
tudo isso me lembra uma comédia do michael cera, the vegetable
Police
um jogo de pôquer em que apostamos a nossa dignidade
// CANÇÕES DE PROTESTO S/A
we are the victims of
a new form of lscknewfsca
aqui é onde as ideologias vêm para morrer (...)
Italo Dantas
A Caverna
Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes
Jean Louis Battre, 2010
Jean Louis Battre, 2010
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