perco a tarde entre os prédios
há janelas que acenam com imagens cruas
entre as vértebras escavadas
tvs abandonadas
vozes mudas
movendo suas bocas
num imenso corpo de concreto
reverbera
a cidade
(que se perde aos poucos)
um navio que aderna no horizonte
a memória que escorre nas palavras
esconde um poema mudo entre as pedras
um resíduo incontido de infância
no sorriso do menino que brincava
com a água que escorria da mangueira
Salvador Passos
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