colecionava gestos entre as páginas do caderno
a morte das horas
comia o silêncio dentro dos livros
a lua se encontrava em cada página
o ônibus se ausentava 
o continente era o mesmo 
não sabia recitar o silêncio das palavras
esperava pela poesia como quem explica a quarta feira
esquecia as ruas pelas tardes como quem desloca a morte para as margens 
ainda habito a precária arquitetura do silêncio
& corro pelas ruas sem palavras
Salvador Passos 
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