fundar-se com a essência
e dela tirar um sentido
- ainda que insuficiente-
de alguma insurreição.
não se tornar
o que se estava pronto
para se tornar.
essas coisas não são
verdadeiras e podem
nos fazer bem felizes.
olhar para as plantas
do caminho sem pés.
não decorar nomes,
olhar as plantas
na escuridão.
não se especializar.
abraçar ingenuamente
a impossibilidade
e o terrível sofrimento
de ser um pouco de tudo
ou quase nada.
observar as pombas
sobre as poças
da última inundação.
como são sujas e alegres.
ser sujo e alegre
após a inundação.
Leonardo Marona
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