18 de novembro de 2017

arqueologia delirante

tentaremos mapear o silêncio
com palavras gastas
resgatar os nomes esquecidos
arrancar asfalto com as mãos vazias
deixar a terra nua respirar a vida

por trás do jogo insano
há um campo
uma fronteira invisível
cercada pelos sentinelas cegos

um Che indígena
descreve a cidade
com os olhos aguçados pelo espanto:

-a cidade devora os rios
para vender água

Vende aquilo que já era nosso!

Salvador Passos

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