trago algo de silêncio nos meus braços
algo de esquecido nos cabelos brancos 
algo de perdido nos abraços
nas palavras mudas 
ventos de mistério
o som de uma saudade pausa a tarde
ardem horas na janela 
cai a vírgula 
     ,
        ,
            ,
nos escombros desta chaga
habita uma casa em branco
com a sombra de teus passos
a distância é medida em infâncias 
sofro de uma ânsia de espelhos vivos
o silêncio dos armários me posterga
entre os corpos surge o tempo 
a arquitetura dos silêncios
as cortinas olham os espelhos
congelam o tempo no interior da casa
aqui é sempre aquela noite
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