Diante das consequências da crise econômica global e da nova configuração política no Brasil e no mundo, o que Marx tem a nos ensinar hoje? Como a sua vasta obra, principalmente O capital, pode contribuir para entender e transformar o nosso tempo?
Para debater a atualidade e a pertinência da produção teórica desse gigante da filosofia, a Boitempo Editorial e o Sesc realizam durante os meses de março e maio o seminário internacional “Marx: a criação destruidora”, que reunirá alguns dos mais renomados especialistas da tradição marxista.
Destacam-se o filósofo esloveno Slavoj Žižek, o geógrafo britânico David Harvey e o cientista político alemão Michael Heinrich, integrante do projeto Mega-2 (Marx-Engels-Gesamtausgabe), instituição detentora e curadora dos manuscritos de Karl Marx e Friedrich Engels.
Em parceria com a Fundação Lauro Campos, a Fundação Maurício Grabois, a Fundação Rosa Luxemburgo, a Câmara Municipal de Porto Alegre, a produtora de eventos Carpe Diem, a ArtFliporto e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o projeto internacional “Marx: a criação destruidora”, que contempla o IV Seminário Margem Esquerda e o IV Curso Livre Marx-Engels, se estenderá às cidades de São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador, onde estão previstas as conferências internacionais de Slavoj Žižek e David Harvey.
Em São Paulo, onde o evento se concentra, a programação, dividida em três etapas, marca o histórico lançamento da edição especial, com tradução inédita, do livro I de 'O capital', de Karl Marx, 15º título da Coleção Marx Engels, além de 'Para entender O capital', de David Harvey; 'Menos que nada: Hegel e a sombra do materialismo dialético', de Slavoj Žižek; 'Estado e forma política', de Alysson Leandro Mascaro; 'Marx, modo de uso', do filósofo francês Daniel Bensaïd (falecido em 2010); além do número 20 da revista Margem Esquerda.
Confira a programação completa em todas as cidades e mais informações sobre inscrições no site do projeto: http://marxcriacaodestruidora.com.br/
Do site Carta Maior:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21645
A Caverna
Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes
Jean Louis Battre, 2010
Jean Louis Battre, 2010
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