amarrei palavras entre as horas
encostei na curva do poema
entre as tardes cegas agarrei imagens
as tvs abandonas se transformam em aquários mudos
esbarrei nos ventos 
ecos soltos de embaralhar cabelos, saias 
solavancos 
tropeço nas palavras
de noite,
mariposas se revoltam ao redor das chamas 
& morrem dentro dos armários 
nas gavetas
feito sílabas solares
metafísica de vidro
rodam pela madrugada 
tingindo o poema
com a insônia de ícaro 
na eterna noite das palavras
Salvador Passos 
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