Faz escuro no meu silêncio
Dentro
Lá no centro do silêncio
Faz um frio
Faz silêncio
Não há festa
Há uma noite fria
No escuro do meu silêncio
Não escuto saúde
Faz um frio na noite
Faz noite neste poema que chove no enquanto
Sem encanto algum
Canto o silêncio
Cato os cacos de um país
Penso um plano
Uma iniciativa
Não leio os jornais
Imagino notícias
A distância se encurta
Faz silêncio neste poema
Faz um tempo de espera
Uma noite canibal
Se mistura aos debates
Faz bruxismo neste país
E no centro deste silêncio rangem noites
Enquanto isso no quarto ao lado
Meu filho dorme sem saber o que se passa
Acordo e ele sorri
Não sei se essa imagem solar aclara o poema ou escurece esse silêncio ainda mais
Seu sorriso é como um vagalume numa noite escura
Salvador Passos
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