Vagas constelações de pirilampos
Ponteiam de oiro a densa noite escura.
Há um trágico silêncio na espessura
Dos matagais e na amplidão dos campos.
O batuque dos negros apavora.
Anda o saci nas moitas, vagabundo,
E almas penadas, almas do outro mundo,
Passam gemendo pela noite em fora.
Só, no ranchinho de sapé coberto,
Encosto o ouvido à taipa esburacada,
E ouço um curiango que soluça, perto...
Lambe a fogueira os últimos gravetos,
E pela noite rola, magoada,
A cantiga nostálgica dos pretos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP0xehm7ifzfrBfnCDE2M1Zc9bfN9rv5xOlbp2-u2_SZ3MYhlBeTZkgIgGRvVmvJr9Dr4vbSm_dOUG3BcD9XzvNlmjErsTsYTT2x_VPloq1HqiIEO-4QtR8mth2jubYSplS6wyD-A653c/s320/batuquesp.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário