A Caverna
Jean Louis Battre, 2010
31 de janeiro de 2011
Tudo que resta
mas existem perguntas?
Esse nunca é meu sempre
Meu longe é além
Não que minha vista alcance o horizonte
É que meu quando é amanhã
Não me abriga
esse eterno outro lugar
Não me abriga
esse meu nome
Minha voz
não reconheço
Não levo nada nas mãos
Meu verso é silêncio
Meu gesto é vazio
A pilha de livros mal lidos
E mais outros tantos
Recém saídos
Das velhas estantes
Tocados somente pela poeira
Ainda hão de servir
Pois esse excesso de falta
Não pode ser tudo que resta
Esse excesso de falta
Não pode ser nada
Salvador Passos
28 de janeiro de 2011
Vorto
Taŭgas ĝi por verko de la senco
Estas vorto “ĉio”
Kaj vorto “nenio”
Ankaŭ absurdaĵo
Kun sensenca diro
Kaj sono mankanta
de la vorto “surda”
Silent’ doloranta
de la vorto “muta”
Enhavas en vorto
Ĉio esprimebla
Kio ne direblas
Ne sin kontraŭdiras
En silent’ enhavas
Tio kontraŭdira
Multe pli enhavas
Kiel en frenezo
Tiel en profeto
Same en serĉado
Kaj en la poeto
Estas vorto dura
Parolata frape
Same kiel ŝargo
Estas vorto pura
Fido aŭ sankteco
Estas vort’ amara
Kvazaŭ glut’ da kafo
Kaj la vorto “morto”
Signas fatalecon
Ĝi indikas celon
Aŭ montras la vojon.
Pri la vorto “nomo”
Ĝi ne havas nomon
Tute tute via
Ĉar ĝi apartenas
Al nom’ iaspeca
Ene de ĉi nomo
Ekzemplo pri tio:
Jen mi ne Vinícius
Mi estas alia
Samkiel Vinícius
En nekonstanteco
Mi diras pri tiu
Tial, ĉar li loĝis
En la nomo mia
La Moraes loĝanta
En pronomo kiu
Ne plu estas mia
En nom’ ĝi troviĝas
Ajna nom’ kaŝanta sian propran sencon
Ene de ĉi-nomo
Iu ajn Fernando
Ne ajna persono
Subite venanta
La Pesoo de Fernando
Pli persona ol Fernando
Aux verŝajne malpli
Ĉar nia Pesoo
Ne nur unu estas
Álvaro, Alberto, Rikard’ aŭ Bernardo
Em nom’ ĝi troviĝas
Nomo ĉiaspeca
Estu memo mia
Aŭ verŝajne via
Vinícius Pacheco
Traduzido para o Esperanto por Osmar da Silva A.
Regras de Conduta no Metro
Metro rules of conduct
Regras sociais do individualismo
Kian Bashiri o criou para representar a experiência de andar de metrô na sua cidade, Estocolmo, onde, segundo o autor, as pessoas se esforçam para ignorar umas às outras. Ele percebeu que a interação nesse meio tem uma regra silenciosa: não fazer contato "olho a olho" com os estranhos. Este contato olho a olho representa um gesto constrangedor numa sociedade individualista, onde as pessoas querem evitam a intimidade e contato face a face, privilegiando interações "virtuais". Interagir com o outro cara a cara seria algo "inapropriado", uma espécie de invasão de privacidade.
O sistema de pontuação do jogo reflete o interesse da maioria das pessoas. Você ganha pontos por olhar para as coisas que as pessoas têm: celulares, MP3 players e acessórios, mas perde se olhar por tempo suficiente para a pessoa perceber seu olhar. Ou seja, você tem que fingir que não estava olhando. E o que este olhar representa? Talvez o desejo de consumir aqueles produtos, talvez uma depreciação pelo "mal gosto" dos outros. O que o olhar da pessoa representa? Talvez uma reprovação. Talvez uma abertura para o diálogo. De qualquer forma, esta é uma forma de interação que eu chamaria de patológica, onde há desejo de se relacionar com os objetos, mas não com as pessoas. Isto quer dizer que as pessoas são reduzidas aos produtos que elas usam.
O jogo serve como ilustração para uma crítica à frieza e a insensibilidade típicas das sociedades modernas. Não é apenas no metrô de Estocolmo que essa "regra social implícita" se aplica. No ônibus da minha cidade, e em muitas outras situações, as "regras de conduta do metrô" se aplicam também. Essa simulação, mais do que uma metáfora, é uma forma de nos fazer perceber um elemento psicológico das interações sociais no meio urbano. O autor, o mesmo de "You have to burn the rope" está de parabéns por ter conseguido usar a mídia dos jogos de forma tão lúcida.
Fonte:
Arte e jogos: Metro rules of conduct
26 de janeiro de 2011
A sabedoria na simplicidade
Retirado de http://politube.org/show/1531
Referências bibliográficas II
http://radicalarchives.org/
25 de janeiro de 2011
Referências Bibliográficas I
CIVILIZAÇÃO
unidade mínima de um organismo, capaz de atuar de maneira autônoma.
ZERO,
unidade maxima de ligação com o leviatã, necessária para libertação
24 de janeiro de 2011
Inclusive democracy
The concept of Inclusive Democracy is derived from a synthesis of two major historical traditions: the classical democratic and the socialist. It also encompasses radical green, feminist, indigenous and liberation movements in the South.
From the Inclusive Democracy perspective the world is in a multidimensional crisis, caused by the concentration of power in the hands of various elites, as a result of the establishment of the system of market/growth economy, representative democracy and the related forms of hierarchical structures. Inclusive Democracy is therefore not seen as a utopia but as probably the only way out of the present crisis.
Texts on the Inclusive Democracy project can be found in: Democracy & Nature; The International Journal of Inclusive Democracy; Takis Fotopoulos' Archive and the (Greek) Periektiki Dimokratia (Περιεκτική Δημοκρατία) (a journal for the promotion of Inclusive Democracy in Greece). "
23 de janeiro de 2011
22 de janeiro de 2011
O poeta e o palhaço
inscrito no risco do sorriso
muitas vezes rido
e no leito seco da risada
como uma armadura
aflora
a tristeza em ruga aprisionada
como um palhaço que não tira a maquigem quando chora
Raimundo Beato
Livro do Desassossêgo
Bernardo Soares, Livro do Desassossêgo
I can’t stop talkin’ about love
“I can’t stop talkin’ about love.”
Led Zeppelin
Love is everything.
When we focus our attention on love, love is what we send out to the universe and love, in all its myriad forms, is what we attract back.
Love is the most powerful emotion on the planet and a force multiplier.
Have you ever noticed that the people who speak the most about the things they love actually have an abundance of things to love in their lives? Conversely, begin to notice that the people who spend the majority of their time bitching about what they hate or do not want in their lives seem to invite more things to bitch about.
Talk about what you love constantly and feel the love grow inside you while you’re speaking. If the people around you don’t wanna hear it, surround yourself with new people who are full of love. Be aware that the people who don’t want to hear about love are usually so full of shit they’d rather spend their time bitching and attracting more shit into their lives. And I’m a person who has eaten enough shit sandwiches in my life to know the difference.
Personally, I agree with George Harrison…I dig love. I dig sending it out to the universe and to the people in my life and I dig receiving it. Love makes life unbelievably joyful. So much so that I can’t stop talkin’ about it.
Also remember what John Lennon said, “Love is the answer, and you know that for sure.”
Joe Heuer, 2011
Letter to Mr Tambourine Man
Meus nobres amigos,
O que ‘e a vida?
Depois que visitei as montanhas Incas e fui a Italia nao consegui parar em lugar algum. Estive na Escocia, Irlanda e visitei a Europa Ocidental. Confesso que tive great time, algo que nao encontro com naturalidade em Sao Jose.
Passei 1 ano no Brasil, e diria que gostei em alguns momentos, mas a ideia de fazer algum curso ou prestar concurso publico e comprar um flat com minha ex-garota foi muito radical naquele momento e ainda ‘e. Em sjc sentia que tinha 40 anos de idade e em Dublin tenho 20, forever young!
Voltei a Dublin e me sinto em casa, porem preciso de coisas novas, ‘e claro que adoro a Irlanda, os pubs, o jazz, a sacanagem sem fim e a grana, mesmo com crise ainda ha cash nesta ilha.
Recentemente rescindi meu contrato de trabalho, estava trabalhando para microsoft xbox, e para quem nao sabe xbox ‘e um video game de ultima geracao no qual eu acho uma merda. Nao tenho saco para games anymore.
Com este background e sem a minima vontade de trabalhar, fazer um curso qualquer ou retornar para a casa da mamae estou partindo.
Estou pegando minhas economias e vou viajar o planeta.
Minha jornada comeca no leste europeu mais precisamente Estonia / Tallinn. Vou atravesar o leste europeu em direcao a Turquia passando por Latvia, Lithuania, Belarus, Ukraine, Moldova, Romania, e Bulgaria. Chegando na Turquia penso em ficar pelo menos uns 30 dias, depois disso vou em direcao ao oriente, no qual sera um choque cultural violento!
Na Asia passo por Iran, Pakistan, India, Tibet, China e South Korea. Neste ponto se tiver cash vou ao Japao, em caso contrario pego um ferryboat a Vladivostok e comeco meu retorno ao ocidente com o lendario Trans-Siberian em direcao a Moscow. Depois de uma semana na capital Russa pego um trem a St Petersburg. Nesta parte da trip talvez fique por la ou retorno a Dublin, na realidade nao tenho certeza de minhas acoes neste ponto.
Este ‘e apenas um resumo e nao fixo plano de viagem, no qual vou viajar de trem, carro,ferry e balao. Vou utilzar aviao apenas de Dublin para Tallin. Acredito que a trip vai durar de 8 a 9 meses e depois disso como disse nao tenho um plano certo.
Sei que nao serei capaz de responder a pergunta acima, provavelmente encontrarei muitas outras.
Quanto mais emocao vivo mais confuso fico, e hoje em dia tenho apenas confusao para oferecer, assim vou viajar pela minha mente e o planeta neste periodo.
No final deste mes comeco a viagem, e nao me sinto um turista e sim um traveler, turista pensa em retornar a casa assim que chega, enquanto um traveler pode nunca chegar a voltar.
Aproveitem a vida meus amigos e facam o que tenham vontade, espero em algum estagio encontrar com voces e poder dividir minhas experiencias.
Abraco a todos,
Strider, 2011
21 de janeiro de 2011
Razão de Ser
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
Kinoversivos
à ocupação total da vida social. Tudo isso é perfeitamente visível com relação à mercadoria, pois nada mais se vê senão ela: o mundo visível é o seu mundo.
a gente avacalha
A diferença entre o sublime e o ridículo é ínfima, mas com certeza existe, e é enorme.
No mundo mercantil que hoje tudo abrange, tudo é mercadoria, incluindo pessoas e arte. Tudo devém instrumento e pretexto para transformar dinheiro em mais dinheiro, e a única liberdade genuína é a de morrer de fome.
E se há uma definição que abrange pessoas e arte é não servirem de nada para além de sua própria auto-realização inútil – inútil mas sublime, mesmo quando ridícula.
Daí que nesse mundo as pessoas só tentam existir, e não há mais arte, mas escombros entre os quais as pessoas vagueiam transidas como após uma grande catástrofe.
O cinema foi a primeira arte desse tempo. Foi a primeira a corporificar com perfeição o espírito da reprodutibilidade técnica que está no âmago da sociedade mercantil. E o cinema é a repetição da imagem, e a imagem é a contra-face da mercadoria.
A totalidade, no entanto, não existe. Há sempre o resto irredutível feito de anseios impossíveis, que se bate sem descanso por expressão. Ele pode ser mantido latente sob a mais brutal violência mas acaba inevitavelmente por florescer, e se suprimido ele floresce de novo, como um olho d’água de onde brotam sonhos.
A esse movimento o sistema dominante chama subversão. Nele, o mais pungente instrumento do sistema pode ser transcriado em agente subversivo. E num mundo feito escombros é o próprio lixo que deve ser transcriado.
Extrair o sublime do âmago do ridículo; na centro da alienação fazer eclodir o desejo; nos catadores de lixo, buscar os criadores de mundos.
E não recuar diante do fracasso ou do risco do fracasso, mesmo ao preço do ridículo, mas buscando o sublime.
O cinema foi, portanto, o primeiro paradigma dessa contradição, foi o início da superação da arte do passado. Repetição da imagem que aliena, mas repetição diferencial, seu apelo ao fechamento carrega uma ânsia de abertura, que é o outro nome do desejo.
Na vida como no cinema. De imagens fragmentárias que pertencem ao passado, construir uma nova utopia do desejo.
Enquanto isso, o único compromisso é o não compromisso.
19 de janeiro de 2011
Movimento Abolicionista Contemporâneo
"A Rede Ecológica é um Movimento Social cujos integrantes se reúnem para a prática do Consumo Coletivo Crítico de alimentícios. Consideramos que tal prática contribui para que nos libertemos do sistema de produção-distribuição nefasto de alimentos, que escraviza a população brasileira, gerando problemas na natureza, que nada mais é do que o humano e o ambiente que o rodeia. Somos, por isso, parte de um Movimento Abolicionista Contemporâneo!"
18 de janeiro de 2011
This is the night
Jack Kerouac, On the Road
Who´s mad?
`That depends a good deal on where you want to get to,' said the Cat.
`I don't much care where--' said Alice.
`Then it doesn't matter which way you go,' said the Cat. `--so long as I get SOMEWHERE,' Alice added as an explanation.
`Oh, you're sure to do that,' said the Cat, `if you only walk long enough.'
`But I don't want to go among mad people,' Alice remarked.
`Oh, you can't help that,' said the Cat: `we're all mad here. I'm mad. You're mad.'
`How do you know I'm mad?' said Alice.
`You must be,' said the Cat, `or you wouldn't have come here.'
15 de janeiro de 2011
14 de janeiro de 2011
Um livro sobre nada
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra
— Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.
Manoel de Barros
13 de janeiro de 2011
11 de janeiro de 2011
7 de janeiro de 2011
Where did the night go?
where did the night go from Nikin Nagewadia on Vimeo.
Long ago the clock washed midnight away
Bringing the dawn
Oh God, I must be dreaming
Time to get up again
And time to start up again
Pulling on my socks again
Should have been asleep
When I was sitting there drinking beer
And trying to start another letter to you
Don't know how many times I dreamed to write again last night
Should've been asleep when I turned the stack of records over and over
So I wouldn't be up by myself
Where did the night go?
Should go to sleep now
And say fuck a job and money
Because I spend it all on unlined paper and can't get past
"Dear baby, how are you?"
Brush my teeth and shave
Look outside, sky is dark
Think it may rain
Where did
Where did
Where did
Gil Scott Heron
6 de janeiro de 2011
Utopia (ou importância do que não é)
Encontra-se somente nos livros e lembranças
Nos sonhos e esperanças
Encontra-se mais ainda nos livros nunca lidos
Qual a importância do que não há?
O fato de não existir não significa que este lugar não seja
Afinal a leitura do poema ainda virgem
O autor ainda desconhecido
Guarda a potência de todo universo
Todos os poemas
Não falam
Apenas poema não escrito é verdadeiro
Pois é este que nos faz ler todos os outros
O amor não vivido nos atira para frente
Nos leva ao flerte
Há uma noite adormecida em mim
A espreita
Como um horizonte distante
Para o qual olhamos
Uma espécie de terra do nunca
Um desnunca
Como os moinhos de Cervantes
Desde sempre
Desde antes
No silêncio da noite infinita
Já existiam os versos esquecidos
Os versos que ainda não são
Os versos que ainda estão
por serem escritos
Neste lugar deposito coisas
E lá me aguardam todos os poemas não escritos
Um muro que ainda não pulei
Uma noite que ainda não vivi
Neste lugar estão todos os poetas mortos
e todos os poetas que serão
Todos num bar
cercado de caveiras
bebendo
Todos escutando Bukowski praguejando sobre o não sentido da vida
Falando de como ele lutou como um touro
Sem saber porque
Sabendo apenas que tinha de fazê-lo
Pois se não fizesse, outro o faria
Então melhor que fosse ele
e não outros
Ouço a sabedoria de Bukowski
Todos ali oferecem tudo que têm
Mas este tudo é tão pouco perante o tempo infinito que nos espera
Neste flerte com o desconhecido,
Este tudo ofertado,
é apenas nada
Mas é no nada
É no não existir
que reside seu valor,
afinal,
tudo pode ser
Sem represas nem defesas
Neste lugar, não há nada
mesmo assim
tudo nos aguarda
Os moinhos rodam sem pás nem vento
Não há paz de cemitério
Apenas doce mistério
No nada está a vida
e não a morte com o vento do tempo
Rimbaud diz que a vida verdadeira está em outro lugar
Este seria o outro lugar: o bar dos poetas mortos
Em outro lugar todos nos esperam
(Eu espero)
Mas me lembro sempre
Que os livros que carrego não me pesam
Não sou eu que os carrega
São eles que me levam
Raimundo Beato
O princípio anarquista
É evidente que espíritos tão profundos quanto Godwin, Proudhon e Bakunin, não podiam limitar-se a uma simples negação. A afirmação – a concepção de uma sociedade livre, sem autoridade, avançando para a conquista do bem-estar material, intelectual e moral seguia de perto a negação; ela era a sua contrapartida
(...) considerações relativas aos fundamentos históricos da idéia anti-autoritária, a parte que ela desempenhou na história, e aquela que deverá desempenhar no desenvolvimento futuro da humanidade.
“Nada de Estado” ou “nada de autoridade”, malgrado sua forma negativa, tinha um profundo sentido afirmativo em suas bocas.
Era um princípio filosófico e prático, significando ao mesmo tempo que todo o conjunto da vida das sociedade, tudo – desde as relações cotidianas entre indivíduos até as grandes relações das raças para além dos oceanos – podia e devia ser reformado, e o seria necessariamente, cedo ou tarde, segundo os princípios da anarquia: a liberdade plena e completa do indivíduo, os grupamentos naturais e temporários, a solidariedade, passada ao estado de hábito social.
(...) Ela é um princípio de luta de todos os dias.
(...) um princípio falseado pela ciência estatista e pisoteado pelos opressores, mas sempre vivo e ativo, sempre criando o progresso, malgrado e contra todos os opressores. Um princípio, enfim, que exige a reconstrução de toda a ciência física, natural e social.
5 de janeiro de 2011
aformismos II
a forma forma não forma a forma
quem forma a forma da forma fôrma?
Salvador Passos
"Mother Earth, witness how my enemies shed my blood." Túpac Amaru
We found these kingdoms in such good order, and the said Incas governed them in such wise [manner] that throughout them there was not a thief, nor a vicious man, nor an adulteress, nor was a bad woman admitted among them, nor were there immoral people. The men had honest and useful occupations. The lands, forests, mines, pastures, houses and all kinds of products were regulated and distributed in such sort that each one knew his property without any other person seizing it or occupying it, nor were there law suits respecting it… the motive which obliges me to make this statement is the discharge of my conscience, as I find myself guilty. For we have destroyed by our evil example, the people who had such a government as was enjoyed by these natives. They were so free from the committal of crimes or excesses, as well men as women, that the Indian who had 100,000 pesos worth of gold or silver in his house, left it open merely placing a small stick against the door, as a sign that its master was out. With that, according to their custom, no one could enter or take anything that was there. When they saw that we put locks and keys on our doors, they supposed that it was from fear of them, that they might not kill us, but not because they believed that anyone would steal the property of another. So that when they found that we had thieves among us, and men who sought to make their daughters commit sin, they despised us."
Tupaq Amaru, last Inca King, prisoner of the Spaniards, 1572 (drawing by Guaman Poma de Ayala) |
Spaniards executing Tupac Amaru in 1572 (drawing by Guaman Poma de Ayala) |
3 de janeiro de 2011
Ezekiel 25:17
"The path of the righteous man is beset on all sides by the iniquities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother's keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is The Lord when I lay my vengeance upon thee."