Não me expliquem:
prisma, de mil faces,
sou insondável, abissal.
A poesia não é um espelho;
é um estado momentâneo.
Se me retrato, logo me desdigo,
transfiguro-me, horizontalizando
minhas emoções e incertezas.
Amo o imprevisto,
dói-me o que adivinho;
não me ofereçam banquetes mastigados.
A clareza não a tenho à superfície;
é necessário uma faca para fazê-la flutuar;
vão ao cerne; sou quarto crescente na lua cheia.
Não me expliquem pelas palavras,
pelo bigode nem pelo cachimbo.
Fernando Ferreira de Loanda
prisma, de mil faces,
sou insondável, abissal.
A poesia não é um espelho;
é um estado momentâneo.
Se me retrato, logo me desdigo,
transfiguro-me, horizontalizando
minhas emoções e incertezas.
Amo o imprevisto,
dói-me o que adivinho;
não me ofereçam banquetes mastigados.
A clareza não a tenho à superfície;
é necessário uma faca para fazê-la flutuar;
vão ao cerne; sou quarto crescente na lua cheia.
Não me expliquem pelas palavras,
pelo bigode nem pelo cachimbo.
Fernando Ferreira de Loanda
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