Coletivo Território do Avesso: Cine Boca "quem quer cinema vai a boca"
O Cine Boca é um projeto idealizado pelo coletivo Território do Avesso que consiste na exibição gratuita de longas, curtas metragens e documentários nos espaços públicos e alternativos da cidade, agregados à números teatrais anterior à exibição e rodas de reflexões e discussão pós exibição. O Cine Boca acontece semanalmente (nas quintas-feiras) às 19h e é realizado sempre com a parceria de diferentes intuições e do poder público através do empréstimo de equipamentos. O projeto começou no mês de junho (de 2011) e desde então vem sendo realizando pontualmente. Já foram exibidos documentários sobre a história do hip-hop no Brasil e também do Circo; um filme do cineasta italiano Fellini, chamado "Os Palhaços", o musical Godspell, escrito por Stephen Schwartz e John-Michael Tebelak, o documentário Lixo Extraordinário de Vick Muniz, O Circo de Charles Chaplin, entre outras produções audiovisuais do cinema brasileiro e do mercado independente em geral.
Em outubro, o Cine Boca previlegiou a exibição de longas de animação: Com destaque para "As Bicicletas de BelleVille" (de Sylvaim Chomet) e "Persépolis, uma animação baseada nos quadrinhos autobiográficos da iraniana Marjane Satrapi (co-produzido pela França, o filme venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2007 e concorreu ao Oscar de animação em 2009).
Nos meses de nov. e dez. o Cine Boca explorou uma temporada de documentários com temas sobre a justiça social, política, culturas e territórios de poder, que se iniciou com "chave de ouro" com a projeção de Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global visto do lado de cá, do diretor Silvio Tendler. Nessa temporada foram apresentados os episódio da série documental Lutas.doc e o inusitado documentário "Baraka". Em 2012 o projeto Cine Boca continua...
http://territoriodoavesso.blogspot.com/2011/10/cine-boca-quem-quer-cinema-vai-boca.html
A Caverna
Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes
Jean Louis Battre, 2010
Jean Louis Battre, 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário