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Segue uma listinha de "populares" anti-SOPA.
http://www.cdt.org/report/list-organizations-and-individuals-opposing-sopa
Cabe destacar que algumas das empresas que defenderam uma posição anti-SOPA, não tem um histórico tão nobre no que diz respeito ao livre acesso de informações. Empresas como Yahoo, Google e Microsoft se dobraram aos rígidos controles de fluxo de informação imposto pelo governo de Pequim em troca de acesso privilegiado a suculentas parcelas do mercado chinês.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/china-manda-e-microsoft-obedece-impondo-censura-a-blogs-de-dissidentes
Publicado no Observatório da Imprensa
Carlos Castilho em 24/05/2011
Parece incrível mas a Microsoft tornou-se mais um grande ícone do capitalismo digital a sucumbir às pressões de um governo estrangeiro para censurar blogs criados por militantes da oposição.
Primeiro foi o Google, depois o Yahoo e agora a empresa de Bill Gates. Todos eles resolveram agradar às autoridades de Beijing deixando de hospedar weblogs de jornalistas e militantes contrários às políticas oficiais na China.
Trata-se de uma medida que causa mais dano à imagem das corporações norte-americanas do que aos ativistas chineses porque eles dispoem de milhares de outros serviços de hospedagem de blogs espalhados pelo mundo.
Mostra também como as grandes empresas norte-americanas preferem sacrificar princípios ideológicos em nome dos bons negócios, não importa se o parceiro se proclama marxista e não dá bola para o sistema representativo vigente nos Estados Unidos.
A questão da censura na internet ainda é um problema não resolvido. Teoricamente é impossível bloquear comunicações e o livre fluxo de informações através da rede de aproximadamente um bilhão de computadores conectados à internet, porque é impossível fechar todos os canais de comunicação ao mesmo tempo. Isto configuraria um black out mundial na rede, com consequências catastróficas.
Acontece que os computadores de usuários, como nós, acessam a rede através de provedores (no caso do correio eletrônico ou acesso simples à rede), muitos dos quais são também os hospedeiros de weblogs (como é o caso do IG) , páginas web e bancos de dados. São os provedores e hospedeiros que podem fazer a censura ou congelar um weblog ou endereço.
Claro que, no momento em que tomam atitudes prepotentes como estas, sua confiabilidade junto aos seu usuários vai para o ralo, porque desaparece a garantia moral de que os provedores e hospedeiros respeitarão a privacidade das informações veiculadas por seus clientes.
Até agora as únicas exceções eram a divulgação de material incentivando o ódio racial e o terrorismo, mas a cada dia que passa fica mais claro que o interesse comercial pode atropelar os princípios, principalmente quando as somas envolvidas tem mais de cinco zeros.
A alternativa para os afetados é mudar de provedor ou hospedeiro, quando se tratar de página web ou weblog. Segundo a ABRANET (Associação Brasileira de Provedores de Acesso à Internet) existiam em 2002 quase 1220 provedores de acesso à internet no país. No mundo inteiro, o número pode chegar a quase 50 mil.
Apesar de ser possível o jogo de gato e rato entre um blogueiro ativista e os provedores em matéria de censura, no quesito privacidade as fichas estão definitivamente com quem garante o acesso à internet. Tudo o que se passa na rede é potencialmente sujeito a ser descoberto.
Na verdade já estamos vivendo num Big Brother digital porque não há segredos na rede. Nossa vulnerabilidade só não é maior porque de certa forma estamos protegidos pelo fator massa. É tanta gente navegando que dificilmente despertamos a atenção, a não ser que alguém decida nos observar. Aí passamos a viver numa casa de vidro e não há jeito de escapar, a não ser saindo da rede.
No ambiente Web teremos que nos acostumar com uma nova maneira de conviver com velhos fantasmas como a censura e a privacidade.
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