![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUrz0sggMB8HR7XoU5TLQtZffRmZodhwOFkbEDgckR1ACRk_8mAKbO1vFuxML9cnHXOzoi1keBItSx4UZbk4iaomNv4BUK5dIcWBmzAvvQFeHDNGSW7vGsYr3usNJEe6-HQQCB16AcvR0/s400/1984web.jpg)
Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar.
George Orwell 1984
O que teria dito Orwell do conceito guerra humanitária?
Nenhum comentário:
Postar um comentário