No início dos anos 90, um jovem inglês começou a transformar as ruas de Londres numa paleta para seu próprio proveito, elevando o graffiti a uma nova consciência social e política. Passados cerca de vinte anos, o nome de Banksy tornou-se parte da indústria cultural de galerias e museus, reconhecido internacionalmente como o representante máximo de arte de rua. No entanto, enquanto Banksy ainda estava no infantário, Blek le Rat já tinha inventado a técnica do estêncil de rua e transformado as paredes de Paris em manifesto contra a guerra, o consumo e a liberdade.
Blek le Rat, ou melhor Xavier Prou, cresceu nos subúrbios parisienses de Boulogne e na Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts teve uma privilegiada formação como arquitecto. Em 1971, ao visitar Nova Iorque, deparou-se pela primeira vez com o graffiti e com a marca pessoal do tag. Deslumbrado com este novo universo plástico, tentou em Paris recriar o estilo norte-americano, mas sem sucesso. A reprodução do que observou em Nova Iorque não seria suficiente, Blek le Rat aproveitou a estilização da propaganda fascista em Itália e inaugurou a técnica do estêncil de rua (aplicação de tinta na parede sobre um recorte em papel ou acetato). O seu conhecimento arquitetônico da estrutura urbana de Paris foi fundamental e o seu tag seria um pequeno rato, inspiração na personagem de banda desenhada Blek le Roc. Além de “Rat” ser um anagrama para “Art”, Blek justificou na altura a referência aos ratos por serem “queria lembrar aos parisienses que por baixo de sua bela cidade havia vermes, existem mais ratos em Paris do que seres humanos”.
Blek le Rat, ou melhor Xavier Prou, cresceu nos subúrbios parisienses de Boulogne e na Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts teve uma privilegiada formação como arquitecto. Em 1971, ao visitar Nova Iorque, deparou-se pela primeira vez com o graffiti e com a marca pessoal do tag. Deslumbrado com este novo universo plástico, tentou em Paris recriar o estilo norte-americano, mas sem sucesso. A reprodução do que observou em Nova Iorque não seria suficiente, Blek le Rat aproveitou a estilização da propaganda fascista em Itália e inaugurou a técnica do estêncil de rua (aplicação de tinta na parede sobre um recorte em papel ou acetato). O seu conhecimento arquitetônico da estrutura urbana de Paris foi fundamental e o seu tag seria um pequeno rato, inspiração na personagem de banda desenhada Blek le Roc. Além de “Rat” ser um anagrama para “Art”, Blek justificou na altura a referência aos ratos por serem “queria lembrar aos parisienses que por baixo de sua bela cidade havia vermes, existem mais ratos em Paris do que seres humanos”.
Banksy aproveitou a técnica de estêncil – chegando mesmo a reproduzir muitos dos ratos de Blek – e tornou-se no artista de rua mundialmente mais reconhecido. Blek não guarda rancores contra o sucesso do londrino, mas demonstra frustração com a comercialização de Banksy e da arte de rua em geral.
Em entrevista ao The Independent, esta semana, disse: “Ninguém mais se importa interessa por quem é o verdadeiro artista. O objetivo final é roubar dinheiro das pessoas”.
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