Doente de expectativas
Todos cheios de certezas
Que não convencem ninguém.
Respiração asmática suspensa
Frio glacial na barriga
“Não vai ter golpe!”
Gritam alguns
“Mas não é golpe!”
Gritam outros
E a única certeza
É que a ressaca da segunda-feira
Vai superar aquela vez
Em que você bebeu tanto vinho
Que queria vomitar o cérebro
E morrer no chão do banheiro
Não haverá vencedores nem vencidos
Apenas ideólogos fudidos, todos nós
Marionetes do dinheiro fácil
Vítimas do trabalho árduo
Testemunhas de nossa própria destruição.
Rodrigo Santos