A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

29 de junho de 2011

Cut-ups

Cut-Ups from Matti Niinimäki on Vimeo.



Sobre a teoria da técnica Cut-Ups utilizada por William S. Burroughs, e sua utilização na literatura e em fitas (com o exemplo de Brion Gysin).

A loteria da Babilônia

Como todos os homens da Babilônia, fui pro-cônsul; como todos, escravo; também conheci a onipotência, o opróbrio, os cárceres. Olhem: à minha mão direita falta-lhe o indicador. Olhem: por este rasgão da capa vê-se no meu estômago uma tatuagem vermelha: é o segundo símbolo, Beth. Esta letra, nas noites de lua cheia, confere-me poder sobre os homens cuja marca é Ghimel, mas sujeita-me aos de Alep, que nas noites sem lua devem obediência aos de Ghimel. No crepúsculo do amanhecer, num sótão, jugulei ante uma pedra negra touros sagrados. Durante um ano da Lua, fui declarado invisível: gritava e não me respondiam, roubava o pão e não me decapitavam. Conheci o que ignoram os gregos: a incerteza. Numa câmara de bronze, diante do lenço silencioso do estrangulador, a esperança foi-me fiel; no rio dos deleites, o pânico. Heraclides Pôntico conta com admiração que Pitágoras se lembrava de ter sido Pirro e antes Euforbo e antes ainda um outro mortal; para recordar vicissitudes análogas não preciso recorrer à morte, nem mesmo à impostura.
Devo essa variedade quase atroz a uma instituição que outras repúblicas desconhecem ou que nelas trabalha de forma imperfeita e secreta: a loteria. Não indaguei a sua história; sei que os magos não conseguem por-se de acordo; sei dos seus poderosos propósitos; o que pode saber da Lua o homem não versado em astrologia. Sou de um país vertiginoso onde a loteria é a parte principal da realidade: até o dia de hoje, pensei tão pouco nela como na conduta dos deuses indecifráveis ou do meu coração. Agora longe da Babilônia e dos seus estimados costumes, penso com certo espanto na loteria e nas conjecturas blasfemas que ao crepúsculo murmuram os homens velados.

Meu pai contava que antigamente — questão de séculos, de anos? — a loteria na Babilônia era um jogo de caráter plebeu. Referia (ignoro se com verdade) que os barbeiros trocavam por moedas de cobre, retângulos de osso ou de pergaminho adornados de símbolos. Em pleno dia verificava-se um sorteio: os contemplados recebiam, sem outra confirmação da sorte, moedas cunhadas de prata. O procedimento era elementar, como os senhores vêem.

Naturalmente, essas "loterias" fracassaram. A sua virtude moral era nula. Não se dirigiam a todas as faculdades do homem: unicamente à sua esperança. Diante da indiferença pública, os mercadores que fundaram essas loterias venais começaram a perder dinheiro. Alguém esboçou uma reforma: a intercalação de alguns números adversos no censo dos números favoráveis. Mediante essa reforma, os compradores de retângulos numerados expunham-se ao duplo risco de ganhar uma soma e de pagar uma multa, às vezes vultosa. Esse leve perigo (em cada trinta números favoráveis havia um número aziago) despertou, como é natural, o interesse do público. Os babilônios entregaram-se ao jogo. O que não adquiria sortes era considerado um pusilânime, um apoucado. Com o tempo esse desdém justificado duplicou-se. Eram desprezados aqueles que não jogavam, mas também o eram os que perdiam e abonavam a multa. A Companhia (assim começou então a ser chamada) teve que velar pelos ganhadores, que não podiam cobrar os prêmios se nas caixas faltasse a importância quase total das multas. Propôs uma ação judicial contra os perdedores: o juiz condenou-os a pagar a multa original e as custas, ou a uns dias de prisão. Todos optaram pelo cárcere, para defraudar a Companhia. Dessa bravata de uns poucos nasce todo o poder da Companhia: o seu valor eclesiástico, metafísico.
Pouco depois, as informações dos sorteios omitiram as referências de multas e limitaram-se a publicar os dias de prisão que designava cada número adverso. Esse laconismo, quase inadvertido a seu tempo, foi de capital importância. Foi o primeiro aparecimento, na loteria, de elementos não pecuniários. O êxito foi grande. Instada pelos jogadores, a Companhia viu-se obrigada a aumentar os números adversos.

Ninguém ignora que o povo da Babilônia é devotíssimo à lógica, e ainda à simetria. Era incoerente que se computassem os números ditosos em moedas redondas e os infaustos em dias e noites de cárcere. Alguns moralistas raciocinaram que a posse das moedas não determina sempre a felicidade e que outras formas de ventura são talvez mais diretas.

Inquietações diversas propagavam-se nos bairros desfavorecidos. Os membros do colégio sacerdotal multiplicavam as apostas e gozavam de todas as vicissitudes do terror e da esperança; os pobres (com inveja razoável ou inevitável) sabiam-se excluídos desse vaivém, notoriamente delicioso. O justo desejo de que todos, pobres e ricos, participassem por igual na loteria, inspirou uma indignada agitação, cuja memória os anos não apagaram. Alguns obstinados não compreenderam (ou simularam não compreender) que se tratava de uma ordem nova, de uma necessária etapa histórica... Um escravo roubou um bilhete carmesim, que no sorteio lhe deu direito a que lhe queimassem a língua. O código capitulava essa mesma pena para o que roubava um bilhete. Alguns babilônios argumentavam que merecia o ferro candente, na sua qualidade de ladrão; outros, magnânimos, que se devia condená-lo ao carrasco porque assim o havia determinado o azar... Houve distúrbios, houve efusões lamentáveis de sangue; mas a gente babilônica finalmente impôs a sua vontade, contra a oposição dos ricos. O povo conseguiu plenamente os seus generosos fins. Em primeiro lugar, conseguiu que a Companhia aceitasse a soma do poder público. (Essa unificação era indispensável, dada a vastidão e complexidade das novas operações.) Em segunda etapa, conseguiu que a loteria fosse secreta, gratuita e geral. Ficou abolida a venda mercenária de sortes. Iniciado nos mistérios de Bel, todo homem livre participava automaticamente dos sorteios sagrados, que se efetuavam nos labirintos do deus de sessenta em sessenta noites e que demarcavam o seu destino até o próximo exercício. As conseqüências eram incalculáveis. Uma jogada feliz podia motivar-lhe a elevação ao concílio dos magos ou a detenção de um inimigo (conhecido ou íntimo), ou a encontrar, nas pacíficas trevas do quarto, a mulher que começava a inquietá-lo ou que não esperava rever; uma jogada adversa: a mutilação, a infâmia, a morte. Às vezes, um fato apenas — o vil assassinato de C, a apoteose misteriosa de B — era a solução genial de trinta ou quarenta sorteios. Combinar as jogadas era difícil; mas convém lembrar que os indivíduos da Companhia eram ( e são) todo-poderosos e astutos. Em muitos casos, teria diminuído a sua virtude o conhecimento de que certas felicidades eram simples fábrica do acaso; para frustrar esse inconveniente, os agentes da Companhia usavam das sugestões e da magia. Os seus passos e os seus manejos eram secretos. Para indagar as íntimas esperanças e os íntimos terrores de cada um, dispunham de astrólogos e de espiões. Havia certos leões de pedra, havia uma latrina sagrada chamada Qaphqa, havia algumas fendas no poeirento aqueduto que, conforme a opinião geral, levavam à Companhia; as pessoas malignas ou benévolas depositavam delações nesses sítios. Um arquivo alfabético recolhia essas notícias de veracidade variável.
Por incrível que pareça, não faltavam murmúrios. A Companhia, com a sua habitual discrição, não replicou diretamente. Preferiu rabiscar nos escombros de uma fábrica de máscaras um argumento breve, que agora figura nas escrituras sagradas. Essa peça doutrinal observava que a loteria é uma interpolação da casualidade na ordem do mundo e que aceitar erros não é contradizer o acaso: é confirmá-lo. Salientava, da mesma maneira, que esses leões e esse recipiente sagrado, ainda que não desautorizados pela Companhia (que não renunciava ao direito de os consultar), funcionavam sem garantia oficial.

Essa declaração apaziguou os desassossegos públicos. Também produziu outros efeitos, talvez não previstos pelo autor. Modificou profundamente o espírito e as operações da Companhia. Pouco tempo me resta; avisam-nos que o navio está para zarpar; mas tratarei de os explicar.

Por inverossímil que seja, ninguém tentara até então uma teoria geral dos jogos. O babilônio é pouco especulativo. Acata os ditames do acaso, entrega-lhes a vida, a esperança, o terror pânico, mas não lhe ocorre investigar as suas leis labirínticas, nem as esferas giratórias que o revelam. Não obstante, a declaração oficiosa que mencionei instigou muitas discussões de caráter jurídico-matemático. De uma delas nasceu a seguinte conjectura: Se a loteria é uma intensificação do acaso, uma periódica infusão do caos no cosmos, não conviria que a casualidade interviesse em todas as fases do sorteio e não apenas numa? Não é irrisório que o acaso dite a morte de alguém e que as circunstâncias dessa morte — a reserva, a publicidade, o prazo de uma hora ou de um século — não estejam subordinadas ao acaso? Esses escrúpulo tão justos provocaram, por fim, uma reforma considerável, cujas complexidades (agravadas por um exercício de séculos) só as entendem alguns especialistas, mas que intentarei resumir, embora de modo simbólico.

Imaginemos um primeiro sorteio que decrete a morte de um homem. Para o seu cumprimento procede-se a um outro sorteio, que propõe (digamos) nove executores possíveis. Desses executores quatro podem iniciar um terceiro sorteio que dirá o nome do carrasco, dois podem substituir a ordem infeliz por uma ordem ditosa (o encontro de um tesouro, digamos), outro exacerbará (isto é, a tornará infame ou a enriquecerá de torturas), outros podem negar-se a cumpri-la... Tal é o esquema simbólico. Na realidade o número de sorteios é infinito. Nenhuma decisão é final, todas se ramificam noutras. Os ignorantes supõem que infinitos sorteios requerem um tempo infinito; em verdade, basta que o tempo seja infinitamente subdivisível, como o ensina a famosa parábola do Certame com a Tartaruga. Essa infinitude condiz admiravelmente com os sinuosos números do Acaso e com o Arquétipo Celestial da Loteria, que os platônicos adoram... Um eco disforme dos nossos ritos parece ter reboado no Tibre: Ello Lampridio, na Vida de Antonino Heliogábalo, refere que este imperador escrevia em conchas as sortes que destinava aos convidados, de forma que um recebia dez libras de ouro, e outro, dez moscas, dez leirões, dez ossos. É lícito lembrar que Heliogábalo foi educado na Ásia Menor, entre os sacerdotes do deus epônimo.

Também há sorteios impessoais, de objetivo indefinido; um ordena que se lance às águas do Eufrates uma safira de Taprobana; outro, que do alto de uma torre se solte um pássaro, outro, que secularmente se retire (ou se acrescente) um grão de areia aos inumeráveis que há na praia. As conseqüências são, às vezes, terríveis.

Sob o influxo benfeitor da Companhia, os nossos costumes estão saturados de acaso. O comprador de uma dúzia de ânforas de vinho damasceno não estranhará se uma delas contiver um talismã ou uma víbora; o escrivão que redige um contrato não deixa quase nunca de introduzir algum dado errôneo; eu próprio, neste relato apressado, falseei certo esplendor, certa atrocidade. Talvez, também, uma misteriosa monotonia... Os nossos historiadores, que são os mais perspicazes da orbe, inventaram um método para corrigir o acaso; é de notar que as operações desse método são (em geral) fidedignas; embora, naturalmente, não se divulguem sem alguma dose de engano. Além disso, nada tão contaminado de ficção como a história da Companhia... Um documento paleográfico, exumado num templo, pode ser obra de um sorteio de ontem ou de um sorteio secular. Não se publica um livro sem qualquer divergência em cada um dos exemplares. Os escribas prestam juramento secreto de omitir, de intercalar, de alterar. Também se exerce a mentira indireta.

A Companhia, com modéstia divina, evita toda publicidade. Os seus agentes, como é óbvio, são secretos; as ordens que distribui continuamente (talvez incessantemente) não diferem das que prodigalizam os impostores. Para mais, quem poderá gabar-se de ser um simples impostor? O bêbado que improvisa um mandato absurdo, o sonhador que desperta de súbito e estrangula a mulher a seu lado, não executam, porventura, uma secreta decisão da Companhia? Esse funcionamento silencioso, comparável ao de Deus, provoca toda espécie de conjecturas. Uma insinua abominavelmente que há séculos não existe a Companhia e que a sacra desordem das nossas vidas é puramente hereditária, tradicional; outra julga-a eterna e ensina que perdurará até a última noite, quando o último deus aniquilar o mundo. Outra afiança que a Companhia é onipotente, mas que influi somente em coisas minúsculas: no grito de um pássaro, nos matizes da ferrugem e do pó, nos entressonhos da madrugada. Outra, por boca de heresiarcas mascarados, que nunca existiu nem existirá. Outra, não menos vil, argumenta que é indiferente afirmar ou negar a realidade da tenebrosa corporação, porque a Babilônia não é outra coisa senão um infinito jogo de acasos.


Jorge Luis Borges nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires,Argentina.

23 de junho de 2011

#19J : Mensaje de Anonymous a la población española

#19J - Mensaje de #Anonymous a la población española. from Psicorp Blog on Vimeo.



Nos encontramos en un momento único en nuestra historia. El auge de la tecnología ha contribuido a una tasa sin precedentes de prosperidad para el mundo dotándonos de una red global de comunicación constante; una nueva era de saltos tecnológicos. Hemos recorrido un largo camino desde nuestras humildes raíces. Ahora, somos pioneros en las nuevas fronteras digitales, ampliando nuestro dominio del mundo cuántico a los confines del espacio.

Sin embargo, nuestro mundo se enfrenta a la crisis. Pobreza, violencia, corrupción o amenazas a la libertad personal. Como en otros tiempos de crisis, las viejas historias han comenzado a repetirse. Las medias verdades -esta vez repetidas cada noche en las noticias- hacen eco a través de los medios: nos dicen que el imperio es fuerte, que el cambio es poco prudente, que los negocios son la respuesta a todo. En tiempos de incertidumbre tratan de aumentar la confusión, para aprovecharse de nuestras inseguridades y temores. Tratan de mantenernos divididos para su propio beneficio. La estrategia toma muchas formas: izquierda y derecha, cristianos y musulmanes, blanco y negro, santo y pecador.

Pero algo inesperado está sucediendo. Hemos comenzado a contarnos unos a otros nuestras propias historias. Compartimos nuestras vidas, esperanzas, sueños y demonios. Cada segundo, día tras día, los detalles de nuestras vidas en esta tierra fluyen a lo largo del mundo. Empezamos a entender las consecuencias de nuestras acciones y el error de las viejas costumbres. Comenzamos a cuestionar los viejos paradigmas que dicen que estamos hechos para consumir -no para crear-, que el mundo es a nuestra semejanza, las guerras son inevitables y la pobreza ocurrirá siempre. A medida que aprendemos más acerca de nuestra propia especie una verdad fundamental ha sido redescubierta: No somos tan diferentes como pueda parecer. Todo ser humano tiene fortalezas, debilidades y emociones profundas. Anhelamos el amor, la risa, tenemos miedo a estar solos y soñamos con una vida mejor.

¡Debemos crear una vida mejor!

No puedes quedarte sentado en el sofá mientras esperas una revolución. Tú eres la revolución. Cada vez que decides no ejercer tus derechos, que te niegas a escuchar, que ignoras el mundo que te rodea o que gastas un euro en un negocio que no paga un salario justo contribuyes a la opresión humana. Pero tienes opciones. Tomar el camino fácil. El camino conocido de la sumisión. O la opción de levantarte, de salir a la calle y hablar con tu vecino. De uniros a nuevos foros para crear un cambio duradero y significativo para la raza humana.

Este es nuestro reto:

Una revolución pacífica. Una revolución de las ideas. Una revolución del arte. El siglo XXI como un siglo de iluminación. Un movimiento global para crear una nueva era de tolerancia, comprensión, empatía y respeto. Una época de desarrollo tecnológico sin trabas. De intercambio de ideas y de cooperación. De expresión artística y personal. Podemos optar por utilizar las nuevas tecnologías para un cambio positivo y radical o que estas sean usadas contra nosotros. Podemos mantener los canales de comunicación abiertos y excavar nuevos túneles hacia los lugares donde la información es todavía reservada. O podemos dejar que todo se cierre en torno a nosotros. A medida que avanzamos debemos reconocer la necesidad de información veraz y de un mundo verdaderamente democrático y libre. Tenemos que luchar para mantener Internet abierta como un foro de ideas donde todos se sientan y traten como iguales. Debemos defender nuestra libertad de aquellos que tratan de controlarnos. Debemos luchar por aquellos que aún no tienen voz.

El 19 de Junio comienza la revolución global. Salid a la calle y continuad contando vuestras historias. Todos deben ser escuchados.

#SpanishRevolution: Mensaje anónimo a los líderes mundiales

#SpanishRevolution / Mensaje anónimo a los líderes mundiales from Psicorp Blog on Vimeo.



TOMAREMOS LAS CALLES Y MARCHAREMOS ALLÁ DONDE SEA NECESARIO

El objetivo no era la puerta del Sol, eso era sólo una entrada. El objetivo siempre fue mucho, mucho más grande y aun no se han enterado de nada.

Vamos a liberar al mundo de la maldita caverna.

Este es un mensaje anónimo desde la revolución española para políticos, dictadores y plutócratas en todo el planeta:

¿Sorprendidos por la desobediencia a escala mundial?

Déjennos explicarles su delicada situación:

Hace millones de años que los seres humanos comenzamos a evolucionar. Desde entonces, nuestra especie ha transitado un camino oscuro y sangriento, que aislaba a los individuos condenándolos mediante la ignorancia a a vivir aterrorizados.

El conocimiento, la ética y el desarrollo tecnológico han estado siempre condicionados por las élites y sus guerras, que al igual que en la metáfora Orweliana, no han hecho más que perpetuar esquemas sociales verticales y oscurantistas.

Hemos llegado al siglo 21 de nuestra era, tras dos guerras a escala mundial, cargando sobre nuestras espaldas la posibilidad de conflictos nucleares con destrucción mutua asegurada. Anunciado el “fin de la historia” por sus supuestos economistas e intelectuales parecía más que nunca, que la posibilidad de buscar un orden más justo carecía de sentido. Creyendo que habían frenado lo suficiente nuestro desarrollo racional, nos permitieron llevar adelante un modelo de progreso cuyo objetivo nunca fue más que hacerles aun más ricos y poderosos.

Sin embargo, no contaron con que el verdadero espíritu humano rechaza doblegarse siempre.

Mientras ustedes creían conquistarnos definitivamente a golpe de shock económico, nuestra especie ha evolucionado nuevamente. Usando sólo la fuerza de la cultura y la libertad, hemos reutilizado los recursos tecnológicos que nacieron de nuestro genio y que ustedes sólo nos proporcionan con intenciones consumistas. Así hemos actualizado, mejorado e inmunizado nuestra fuerza, operatividad y eficacia. Absorvemos sus propias tácticas, técnicas e imaginario para dar forma a nuestros propios medios, sueños y retos.

Hoy, la revolución pacífica se extiende por todo el planeta como un desafío a su opresión y a su intento descarado por acallar la libertad de expresión. Por fin, la información ha superado la mása crítica, explotando en un crisol de voces cuyos nuevos anhelos y necesidades no pueden ser cubiertas por su anticuado paradigma.
Ahora, interconectados humana y digitalmente, formamos una enorme conciencia colectiva. Puede que sus medios corporativos silencien lo que ocurre, pero ya no podrán engañarnos nunca más. Pueden detener temporalmente algunos nodos pero el proceso continuará imparable y transformador.

Ya no importa qué medidas tomen para intentar contrarrestarlo: cuanta más violencia, censura y obstáculos pongan en nuestro camino, más exhiben su debilidad.

De todos los lugares de la tierra, con ideas diferentes y de todas las condiciones, existieron, existen y existirán mujeres y hombres que se oponen a la pretensión de gobiernos que no sean verdaderamente democráticos, justos y solidarios.
Tras milenios de sufrimiento, nuestra especie se ha puesto en pie y ya nada volverá a ser igual.

Su juego totalitarista toca a su fin. Pero la historia, amigos, no ha acabado: empieza ahora.

Aquí, en España, tomaremos las calles y marcharemos dónde sea necesario.

Recuerden, el cambio está sucediendo, con, o sin ustedes.

La gente no debería temer al gobierno. El gobierno debería temer a su gente.

Nosotros somos el pueblo. Nosotros somos el único sistema.

Somos anónimos. Somos legión. No olvidamos. No perdonamos. Esperadnos.

Spanish Revolution: Mensaje de Anonymous a la Clase Politica de España

#SPANISHREVOLUTION / Mensaje de Anonymous a la clase política española. from Psicorp Blog on Vimeo.



Este es un mensaje anónimo para la clase política española.

Se lo advertimos, ¿creían que engañarían a todo el mundo, todo el tiempo? Parece que no han entendido nada. Sus continuos esfuerzos por acallar la libertad de expresión y la creciente ola de indignación contra su sistema corrupto resultan completamente inútiles. Cuanto más complacientes se vuelven hacia la plutocracia y sus absurdas exigencias, más expuestos quedan ante la opinión pública. Cuanto más pague el pueblo por la avaricia criminal de una pequeña élite intocable, más obvia se revelará su incapacidad para liderar el cambio que se les exige.

Cuanta más fuerzas usen contra personas pacíficas y desarmadas, más deslegitiman su propia autoridad. Por cada desinformación corporativa que ustedes o sus socios capitalistas emiten o publican, crecen cientos de canales ciudadanos para asegurar que la verdad sea escuchada. El pueblo ha evolucionado. Ahora somos una red distribuida que combina sus conexiones sociales con la tecnología, compartiendo información como una conciencia global. Sus intentos por dividirnos y alinearnos ya no serán efectivos nunca más. Al contrario, comienzan a revelar su estrategia de desgaste a la vista de todos.

Pasada las elecciones del 22M los partidos mayoritarios abandonan su sonrisa forzada y continúan peleando por sentarse a la derecha de la economía, su unido dios. La decadente monarquía parlamentaria española, incapaz si quiera de comprender el anhelo de la multitud despierta, no puede sino intentar desprestigiar un movimiento que no comprende, que no puede combatir, que no puede silenciar ni parar. Sus trasnochadas etiquetas, que tan solo pretenden sembrar una discordia que les favorezca, son un insulto a la inteligencia de sus gobernados. La lucha del pueblo continúa adelante y el mensaje sigue superando cualquier obstáculo. Por si misma, esta revolución es una muestra patente de la inmadurez de una clase política que vive de sus propias luchas intestinas y que no nos representa ni trabaja por nosotros.

A pesar de las insidias publicadas y la agresión a las acampadas de grupos o personas infiltradas, con actitudes que pudiesen perjudicar la imagen de la rebelión ciudadana, nadie ha dejado de moverse. Sorpresa, no necesitamos formar parte de ninguna comisión. Los cambios exigidos por el pueblo son más que claros:

Democracia participativa.
Reforma de la ley electoral.
Separación de poderes real.
Absoluta transparencia política y fiscal.
Férreo control sobre bancos y corporaciones.

Aún siendo solo un comienzo, dichos cambios ya son mucho mejores que cualquiera de las reformas con las que el poder económico de-facto somete al país.

Mientras ustedes se afanan por combatir a sus verdaderos soberanos como si fuesen el enemigo, lados humanos y digitales se estrechan a lo largo de todo el mundo en una sinergia con voluntad de cambio pacífico. La heterogeneidad, espontaneidad, capacidad y preparación popular, supera exponencialmente cualquier recurso material o humano que pudiesen usar contra ella. Ergo, cualquier intento por combatirla, será en vano.

Puede que el pueblo permanezca acampado, puede que se marchen y se convierta en una guerrilla pacífica e invisible. Las acampadas son solo un símbolo. En realidad estamos en todos lados. Persiguen a aquellos de quienes dependen. Educamos a sus hijos, preparamos sus comidas, recogemos sus basuras, conectamos sus llamadas, conducimos sus ambulancias e incluso les protegemos mientras duermen. Así que empezaremos barriendo en casa. Hoy será España, mañana Europa, quizá pasado sea el mundo.

Si ustedes no escuchan el clamor de la gente, no se comportan en consecuencia, deberían pensar durante unos segundos: El pueblo es ahora consciente de su poder y se sabe capaz de hacer mucho mejor el trabajo que hasta ahora les encomiendan. Recuerden, el cambio está sucediendo y ocurrirá con o sin ustedes. La gente no debería temer al gobierno, el gobierno debería temer a su gente.

Nosotros somos el pueblo, nosotros somos el sistema, somos anónimos, somos legión. No olvidamos, no perdonamos, esperadnos.

Sindegate: Mensaje de Anonymous a la clase política española

SINDEGATE: Mensaje de Anonymous a la clase política española. from Psicorp Blog on Vimeo.



Transcripción:

"La ley Sinde ha sido rechazada.
Aunque se deba al desacuerdo político, es una evidente victoria del pueblo y su lucha.
Y una evidencia de vuestra debilidad.
Queríais aprobar una ley introducida por intereses corporativos extranjeros sin que nadie se enterase.
Os ha salido MAL.
Queríais defender el bolsillo de unos pocos frente al derecho humano a la cultura, el cual es un derecho inalienable.
Y os ha salido MAL.
Queríais censurar la difusión de la cultura, solo porque ha quedado fuera de vuestro control y en manos del pueblo.
Os ha salido MAL
Habéis quedado en evidencia por defender un modelo que va en contra de los ciudadanos y que pretende mantener un statu quo que trata la cultura como una mercancía.
En el mundo moderno os veis obligados a competir con el arte e ingenio de la gente, que os supera exponencialemente.
Esa es vuestra pesadilla, pero es nuestro nirvana. Un mundo donde la información no tenga barreras y el éxito dependa de la integridad y calidad de los contenidos. Valores de los que vosotros carecéis.
Es legal y lo seguiremos haciendo.
Ya habéis amenazado. Sabemos que volveréis con medias similares. Puede que incluso sean peores.
Pero esta vez deberíais saber que las cosas han cambiado.
Lo sabemos todo y os estamos vigilando.
Somos legión.
No olvidamos.
No perdonamos.
Esperadnos."

-------


"The law has been rejected Sinde.
Though due to political disagreement, is a clear victory for the people and their struggle.
And evidence of your weakness.
You wanted to pass a law introduced by foreign corporate interests and none would know.
You have gone wrong.
You wanted to defend the pockets of a few against the human right to culture, which is an inalienable right.
You have gone wrong.
You wanted to censor the dissemination of culture, just because it has been out of your control and in the hands of the people.
You have gone wrong.
You have been exposed in the defend a model that goes against citizens and seeks to maintain a status quo who treat the culture as a commodity.
In the modern world you has been forced to compete with the art and innovation of the people, wich is exponentially.
This is your nightmare, but it is our nirvana. A world where information has no barriers and success depends on the integrity and quality of content. Values that you lack.
It is legal and we will continue doing it.
You have already threatened. We know you will return with similar choices. May even be worse.
But this time you should know that things have changed.
We know everything and we're watching you.
We are legion.
We do not forget.
We do not forgive.
Expect us. "

No Body Expects the Spanish Revolution

Anonymous




A polícia espanhola prendeu na manhã no dia 10 de junho, três hackers suspeitos de terem colaborado com a ação empreendida contra as redes PSN e Qriocity, da Sony, que expôs dados financeiros e pessoais de aproximadamente 77 milhões de usuários.

Os suspeitos fazem parte do grupo Anonymous, conhecido por atacar corporações governamentais e financeiras por motivações políticas.

Hackers do grupo Anonymous ficaram conhecidos em dezembro de 2010 quando atacaram a rede de computadores das empresas de cartões de crédito MasterCard e Visa, em retaliação ao bloqueio de doações para o site WikiLeaks. Os sites das empresas estavam entre os vários atacados pelo grupo, que ameaçou punir as organizações que deixassem de prestar serviços ao site WikiLeaks – centro de polêmica após divulgar documentos da diplomacia dos EUA.

A polícia teria encontrado arquivos de conversas via chat que revelaram ataques contra a comissão eleitoral da Espanha, dois bancos espanhóis, uma companhia de energia italiana e governos do Egito, Argélia, Líbia, Irã, Chile, Colômbia e Nova Zelândia, além de evidências de participação na invasão das redes da Sony.

Conforme a polícia, o grupo também atacou os sites da polícia da região da Catalunha (Mossos d'Esquadra) e do sindicato espanhol União Geral de Trabalhadores (UGT), assim como os portais dos bancos BBVA e Bankia.

A ultima bandeira do grupo tem sido a luta contra a Ley Sinde na Espanha, a luta contra esta lei foi uma das bandeiras levantadas pelos acampados nas diversas praças da espanha. De acordo com a lei o governo espanhol poderia retirar do ar sites suspeitos de facilitar a troca de arquivos por conta de questões de direitos autorais.

22 de junho de 2011

Tecnohippies neles!!!



Brasileiro realmente é criativo: caminhoneiro usa satélite militar americano, inventor mambembe constrói e lança satélite no espaço por conta própria e ainda tem maluco que inventa novas linhas do conhecimento.

Tecnohippies neles!!!

20 de junho de 2011

Syntagma e Puerta del Sol - Duas praças, um sonho




Este mundo é nossa praça/ Esta praça é nosso mundo

Somos tantos quantos somos
Somos poucos como poucos
Somos outros como outros
Somos outros como muitos
Somos todos
Todos somos

Outros povos nossos povos
Nossos outros outros próprios
Nossos outros outros somos
Nossos outros somos próprios
Nossos nomes outros nomes
Nossos dias outros dias
Nosso tempo outros tempos
Nossos versos outros versos
Nossos sonhos outros sonhos
Não os sonhos destes dias
Não os sonhos já sonhados
Não os sonhos tão cansados
Já cansados de cansar
Não os sonhos destas noites
Outros sonhos
Outras noites
Outros povos
Todos povos
Um só povo

Outras praças
Todas praças
Todas praças uma praça
Todas praças numa praça

Outros sonhos
Outros dias
Outros tempos a nascer
Todos sonham outros sonhos
Todos sonham um só sonho

Este sonho de outros tempos
De um só tempo que é nosso
De uma noite, nossa noite
Outros sonhos, nossos sonhos
Esta praça é nossa praça
Nosso mundo é outro mundo
Nosso mundo é esta praça

Este mundo é nossa praça

Esta praça é nosso mundo

Salvador Passos

Manipulacion de le midia acerca del 15M



As bandeiras que aparecem nas mãos dos manifestantes são gregas, bem como os dizeres nos escudos dos policiais.

Com esse tipo de cobertura a indignação só tende a aumentar, logo logo além dos políticos os Indignados estarão se indignando com a grande mídia.

Let the SOL in...

Let the SOL in from Arianne Sved on Vimeo.

Policiales infiltrados para provocar incidentes 19J




Policiais à paisana, vestidos como se fossem manifestantes, realizaram atos provocadores em Barcelona "incitando" a ação violenta de policiais fardados que, logo depois, esforçaram-se para defender os autores do suposto tumulto. Vídeo gravado pelos manifestantes mostra ação dos policiais infiltrados.No entanto, logo em seguida, o que se via no noticiário da televisão espanhola, TV3, era que os “indignados” haviam perdido a simpatia popular conquistada até o momento, depois de terem empregado violência nas manifestações em torno do parlamento. Graves atentados à liberdade de expressão estão ocorrendo na Espanha.

Contra el Pacto del Euro 19 junio Granada



Otra manifestacion pacifica

Manifestaciones Pacificas en Barcelona 19J

Comunicado de DRY-BCN en relación a los acontecimientos del 15 de junio

Vote This Post DownVote This Post Up (+185 rating, 223 votes)
junio 16th, 2011

Ante los sucesos acontecidos esta mañana en las inmediaciones del Parlament de Catalunya, DRY Barcelona quiere poner en conocimiento de la opinión pública diversos aspectos.

DRY siempre ha tenido la vocación de dar apoyo y soporte a todas aquellas movilizaciones y acciones que tienen por objetivo visualizar la indignación de la sociedad, la falta de calidad democrática y el servilismo del sistema de partidos políticos hacia los intereses económico-financieros.

Siguiendo esa línea, hoy decidimos apoyar la convocatoria de Aturem el Parlament por compartir nuestro rechazo a la ley de presupuestos en que se implementan los recortes por una parte, y por otra la ley ómnibus, ejemplo flagrante del carácter antidemocrático del Parlament. Esta convocatoria hizo un llamamiento a la no violencia y al carácter pacífico de la protesta que venían siendo habituales en el movimiento surgido a raíz del 15M en todos sus comunicados.

Como puede comprobarse en todos los comunicados de DRY por diferentes vías, hemos apelado siempre a la calma y la no violencia en todas las acciones y movilizaciones en las que hemos participado directa o indirectamente.En este sentido, transcurrido un mes, DRY ha dado ejemplo en todo momento de ser un movimiento no violento, incluso cuando se nos agrede y reprime violenta y desproporcionadamente como sucedió en el desalojo frustrado del 27M.

Es por ello, que ponemos de manifiesto ante la opinión pública nuestro rechazo a toda acción violenta de cualquier tipo independientemente de quién la ordene o ejecute. A pesar de este rechazo manifiesto a lo largo de un mes de movilizaciones, asumimos cierta responsabilidad en el desarrollo de la acción de protesta en tanto dábamos nuestro apoyo a ésta. No obstante, desde DRY no podemos controlar las actitudes y acciones de todas las personas que se han concentrado en las proximidades del Parlament.

Así mismo, también queremos evidenciar la maniobra comunicativa que se está realizando a través de parte de los grandes medios para utilizar las acciones incontroladas de unos pocos como excusa para desacreditar a un movimiento que ha demostrado de sobras sus intenciones no violentas. Esta maniobra se fundamenta en las imágenes de hechos aislados protagonizados por un número insignificante de personas las cuales no representan el espíritu de nuestro movimiento, y en particular de DRY. De igual modo que el sistema de partidos políticos no nos representa, estos violentos tampoco nos representan. Estas acciones minoritarias, además, se están usando de cortina de humo con el objetivo de desviar la atención mediática de lo que realmente importa: la aprobación de los recortes y la ley ómnibus. Se está desviando la atención de las reivindicaciones legítimas de nuestros derechos sociales, que se están produciendo en todo Europa e incluso a nivel global.

La relevancia del lo acontecido hoy no son las acciones de un mínimo grupo de personas, sino el hecho de que más de 4.000 personas de todo tipo y edad, procedentes de 30 asambleas de barrios, han participado de una acción de desobediencia civil pacífica, en la que han reclamado con dignidad que no se apruebe la ley ómnibus ni los recortes sociales. Sin embargo en los medios de comunicación no se habla de esta ley que pretende imponerse a través de un sistema antidemocrático y poco transparente, ni de las consecuencias de su aplicación.

El movimiento del 15m ha demostrado que es y será: Pacifico, flexible, abierto, alegre, participativo, dialogante, creativo, valiente, solidario, inteligente y amplio y no. No vamos a cambiar. DRY seguirá apoyando todas aquellas convohttp://www.blogger.com/img/blank.gifcatorias pacificas que surjan de la sociedad civil y que reclamen derechos como la sanidad, la educación, la vivienda, la lucha por un vida digna y el fin de los provilegios de algunos.

Nuestra lucha continuará el domingo a las 17h en la plaza Cataluña, donde nos manifestaremos en contra de los recortes sociales impuestos desde Europa a través del llamado Pacto del Euro, al que los medios tampoco están dando mucha difusión a pesar de su importancia.

Y por supuesto lo haremos de manera no violenta como siempre hemos hecho.

http://www.democraciarealya.es/

As coisas e as palavras

As coisas são somente coisas
O céu apenas céu
e não um véu
de alguma outra coisa mais

As estrelas são somente estrelas
e não as freiras eternas de alguma outra via
ou constelação

As flores são apenas flores
e não as penitentes convictas de um só dia

Tudo o que há é só céu, estrela e flor
Como se todas estas coisas fossem apenas céu, estrela e flor
e não as palavras céu, estrela e flor
Como se este sentir azul que vem do céu
não surgisse do próprio céu
Como se este céu, pelo simples fato de ser céu,
não fosse alguma outra coisa
que não apenas coisa

(que não apenas céu)

De onde vem este sentir azul do céu que não está nem na palavra azul nem na palavra céu?

De onde vem
Esta dor na flor?
Este brilho na estrela?
Este azul no céu?

Se estrelas são tão somente estrelas
e o brilho é tão somente um brilho
o que é que brilha afinal?

a estrela coisa
ou a palavra estrela?

o que há de comum entre todas estas coisas que são apenas coisas?
seriam elas mais
que só palavras num poema?
seriam elas mais
que algum antigo lema?

elas existem além de mim
e eu existo aquém delas

Mas quem esta aquém de quem?

As coisas, que são apenas coisas,
ou as palavras, que são só palavras
e tentam dizer coisas que não são além de coisas

As palavras são coisas
que querem dizer coisas
além das coisas

As palavras estão aquém pois tentam ir além

Salvador Passos

19 de junho de 2011

Hobsbawn Interview - Marxismo nos dias de hoje



Blog de Beppe Grillo

O blog de Beppe Grillo entrevistou Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores marxistas vivo. A entrevista aconteceu no dia do seu 94º aniversário, quando esteve em Roma para o lançamento da tradução italiana de seu livro How to Change the World - Why rediscover the inheritance of Marxism. Hobsbawm analisa a possibilidade de uma deriva rumo à direita nos próximos anos na Europa, por razões relacionadas com a depressão econômica, a ânsia por segurança e a estagnação da União Europeia, arcada sob o peso da obrigação de ser cada vez maior e maior e pela falta de visão política comum. Além disso, os movimentos de resistência têm crescido mais em regiões onde há um maior número de jovens – por exemplo no norte da África e nos países em desenvolvimento, não na Europa. Mas, acima de tudo, Hobsbawm, que faz questão de dizer que é um historiador, não um futurologista – fala-nos sobre o que é hoje o marxismo e sobre os seus efeitos.

(1) Sobre o marxismo hoje

Eric Hobsbawm: Sou o Eric Hobsbawm. Sou um historiador muito velho. Como tal, telefona-me no dia do meu 94º aniversário. Durante toda a minha vida escrevi principalmente sobre a história dos movimentos sociais, a história geral da Europa e do mundo dos séculos XIX e XX. Acho que todos os meus livros estão traduzidos para italiano e alguns foram até bastante bem recebidos.

Blog de Beppe Grillo: A nossa primeira pergunta é sobre o seu livro. O marxismo é considerado um fenômeno pós-ideológico. Poderia explicar-nos porquê? E quais serão as consequências dessa mudança?

Eric Hobsbawm: Eu não usei exatamente a expressão “fenômeno pós-ideológico” para marxismo, mas é verdade que, no momento, o marxismo deixou de ser o principal sistema de crenças associado aos grandes movimentos políticos de massa em toda a Europa. Apesar disso, acho que sobrevivem alguns pequenos movimentos marxistas. Nesse sentido, houve uma grande mudança no papel político que o marxismo desempenha na política da Europa. Há algumas partes do mundo, por exemplo, a América Latina, em que as coisas não se passaram do mesmo modo. A consequência daquela mudança, na minha opinião, é que agora todos podemos concentrar-nos mais e melhor nas mudanças permanentes que o marxismo provocou, nas conquistas permanentes do marxismo.

Essas conquistas permanentes, na minha opinião, são as seguintes: Primeiro, Marx introduziu algo que foi considerado novidade e ainda não se realizou completamente, a saber, a crença de que o sistema econômico que conhecemos não é permanente nem destinado a durar eternamente; que é apenas uma fase, uma etapa no desenvolvimento histórico que acontece de um determinado modo e deixará de existir e converter-se-á noutra coisa ao longo do tempo.

Segundo, acho que Marx concentrou-se na análise do específico modus operandi, do modo como o sistema operou e se desenvolveu. Em particular, concentrou-se no curioso e descontinuo modo através do qual o sistema cresceu e desenvolveu contradições, que por sua vez produziram grandes crises.

A principal vantagem da análise que o marxismo permite fazer é que considera o capitalismo como um sistema que origina periodicamente contradições internas que geram crises de diferentes tipos que, por sua vez, têm de ser superadas mediante uma transformação básica ou alguma modificação menor do sistema. Trata-se desta descontinuidade, deste reconhecimento de que o capitalismo opera não como sistema que tende a se auto-estabilizar, mas que é sempre instável e eventualmente, portanto, requere grandes mudanças. Esse é o principal elemento que ainda sobrevive do marxismo.

Terceiro, e acho que aí está a preciosidade do que se poderá chamar de fenômeno ideológico, o marxismo é baseado, para muitos marxistas, num senso profundo de injustiça social, de indignação contra a desigualdade social entre os pobres e os ricos e poderosos.

Quarto, e último, acho que talvez se deva considerar um elemento – que Marx talvez não reconhecesse – mas que esteve sempre presente no marxismo: um elemento de utopia. A crença de que, de um modo ou de outro, a sociedade chegará a uma sociedade melhor, mais humana, do que a sociedade na qual todos vivemos atualmente.

(2) Uma deriva à direita na Europa?

Blog: No norte da África e em alguns países europeus – Espanha, Grécia e Irlanda – alguns movimentos de jovens que nasceram na internet e usam redes, por exemplo Twitter e Facebook, estão aproximando-se da política. São movimentos que exigem mais envolvimento e mudanças radicais nas escolhas das sociedades. Mas, ao mesmo tempo, a Espanha tende à direita; a Dinamarca votou pelo encerramento das fronteiras com a Hungria; e na Finlândia, e até mesmo na França, com Marie Le Pen, estão surgindo partidos nacionalistas de extrema-direita. Não é isto uma contradição?

Eric Hobsbawm: Não, não acho. Acho que são fenômenos diferentes. Acho que, na maioria dos países ocidentais, hoje, os jovens são uma minoria politicamente ativa, largamente por efeito de como a educação é construída. Por exemplo: os estudantes sempre foram, ao longo dos séculos, elementos ativistas. Ao mesmo tempo, a juventude educada hoje é muito mais familiarizada com modernas tecnologias de informação, que transformaram a agitação política transnacional e a mobilização política transnacional.

Mas há uma diferença entre (a) esses movimentos de jovens educados nos países do ocidente, onde, em geral, toda a juventude é fenômeno de minoria, e (b) movimentos similares de jovens em países islâmicos e em outros lugares, nos quais a maioria da população tem entre 25 e 30 anos. Nesses países, portanto, muito mais do que na Europa, os movimentos de jovens são politicamente muito mais massivos e podem ter maior impacto político. O impacto adicional na radicalização dos movimentos de juventude acontece porque os jovens hoje, em período de crise econômica, são desproporcionalmente afetados pelo desemprego e, portanto, estão desproporcionalmente insatisfeitos. Mas não se pode adivinhar que rumos tomarão esses movimentos. No todo, os movimentos dessa juventude educada não são, politicamente falando, movimentos da direita. Mas eles só, eles pelos seus próprios meios, não são capazes de definir o formato da política nacional e todo o futuro. Creio que, nos próximos dois meses, assistiremos aos desdobramentos desse processo.

Os jovens iniciaram grandes revoluções, mas não serão eles que necessariamente decidirão a direção geral pela qual andarão aquelas revoluções. Cada direção, claro, depende do país e da região. Obviamente as revoluções serão muito diferentes nos países islâmicos, do que são na Europa ou, claro, nos EUA.

E é verdade que na Europa e provavelmente nos EUA pode haver uma deriva para a direita, na política. Mas isso, parece-me, será assunto da terceira pergunta.

(3) A crise econômica

Blog: Sim, a próxima pergunta é sobre a crise econômica em que vivemos desde 2008. As crises de 29, 33, levaram o fascismo ao poder. Prevê algum risco de a crise atual ter os efeitos que tiveram as crises de 28, 29, 33?

Eric Hobsbawm: Bem, não há dúvidas de que a crise, a crise econômica que se arrasta desde 2008, tem muito a ver com a deriva à direita na Europa. Acho que, hoje, só quatro economias na Europa, na União Europeia, estão sob governos de centro ou de esquerda. Algumas daquelas devem perder. A Espanha provavelmente também se moverá em direção à direita. Nesse sentido, parece verdade. Não acho que haja aí qualquer risco de ascensão do fascismo, como nos anos 1930s. O perigo do fascismo nos anos 1930s foi, em grande medida, resultado da conversão de um país em particular, um país decisivo politicamente, nomeadamente a Alemanha sob a alçada de Hitler.

Não há sinal de que nada disso esteja a acontecer hoje. Nenhum dos países importantes, segundo me parece, dá qualquer sinal nessa direção. Nem nos EUA, onde há um forte movimento direitista, pode-se concluir que aquele movimento ganhe poder nas urnas. Nem, tampouco, no caso dos partidos e movimentos de extrema-direita nos países europeus. Apesar de serem fortes, têm-se mantido como fortes minorias sem grandes hipóteses de se tornarem maiorias. Mas, sim, creio que, no futuro próximo, praticamente todos ou quase todos os países europeus serão governados por governos de direita, de um tipo ou de outro. Recorde-se que um dos efeitos logo termo da crise económica dos anos 1930s foi que praticamente toda a Europa tornou-se democrata e de esquerda, como jamais antes acontecera. Mas isso levou algum tempo. Portanto, há um risco, mas não é o mesmo risco que havia nos anos 1930. O risco é antes o de não se agir o suficiente para lidar com os problemas básicos, enaltecidos pelo capitalismo dos últimos 40 e enfatizados pelo renascimento dos estudos marxistas.

Blog: O que pensa sobre a União Europeia e sobre o que já foi conseguido? A União Europeia conseguirá consolidar-se ou voltará a ser uma simples reunião de estados?

Eric Hobsbawm: Acho que a esperança de que a União Europeia venha a ser algo mais que uma aliança de estados e área de livre comércio, essa, não tem grande futuro. Não irá muito além do que já foi até aqui, mas não acho que seja destruída.

Acho que o que já se fez, um grau de livre comércio, um grau muito mais importante de jurisprudência comum e lei comum permanecerão. A principal fraqueza da União Europeia, parece-me, razão do fracasso, foi o conflito entre a economia e a base social da União Europeia. Um conflito que resultou da tentativa para eliminar a guerra entre a França e a Alemanha e unificar economicamente as partes mais ricas e desenvolvidas da Europa. Esse objetivo foi alcançado. Tal foi misturado em seguida com um objetivo político associado à Guerra Fria e ao desenvolvimento após o fim deste período, nomeadamente o objetivo de extensão das fronteiras a todo o continente e mais além. Este processo dividiu a Europa em partes que já não são facilmente coordenáveis.

Economicamente, as grandes crises são ambas muito parecidas no que diz respeito às aquisições para a União Europeia desde os anos 1970s, na Grécia, em Portugal e na Irlanda, por exemplo. Mesmo politicamente, as diferenças entre os antigos estados comunistas e os antigos estados não comunistas da Europa enfraqueceram a capacidade de a Europa continuar a desenvolver-se. Se a Europa continuará a conseguir manter-se como está, eu não o sei. Não creio, contudo, que a União Europeia deixe de existir e acho que continuaremos a viver numa Europa mais coordenada do que a que conhecemos, digamos, desde a II Guerra Mundial.

De qualquer modo, devo dizer que está fazendo-me perguntas enquanto historiador mas sobre o futuro. Infelizmente, os historiadores sabem tanto sobre o futuro quanto qualquer outra pessoa. Por isso, as minhas previsões não são fundadas em nenhuma especial vocação que eu tenha para prever o futuro.

Tradução: Coletivo Vila Vudu

16 de junho de 2011

O poema

Flash Back

um flash back
um flash back dentro de um flash back
um flash back dentro de um flash back de
um flash back
um flash back dentro do terceiro flash back
a memória cai dentro da memória
pedraflor na água lisa
tudo cansa (flash back)
menos a lembrança da lembrança da lembrança
da lembrança

PAULO LEMINSKI, Vezes Versus Reveses.

13 de junho de 2011

Na Casa Defronte

Na casa defronte de mim e dos meus sonhos,
Que felicidade há sempre!

Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi.
São felizes, porque não sou eu.

As crianças, que brincam às sacadas altas,
Vivem entre vasos de flores,
Sem dúvida, eternamente.

As vozes, que sobem do interior do doméstico,
Cantam sempre, sem dúvida.
Sim, devem cantar.

Quando há festa cá fora, há festa lá dentro.
Assim tem que ser onde tudo se ajusta —
O homem à Natureza, porque a cidade é Natureza.

Que grande felicidade não ser eu!

Mas os outros não sentirão assim também?
Quais outros? Não há outros.
O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada,
Ou, quando se abre,
É para as crianças brincarem na varanda de grades,
Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram.
Os outros nunca sentem.

Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada! Não sei...
Um nada que dói ...

Álvaro Campos

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos. . .

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro Campos

11 de junho de 2011

Sleep Now in Fire




The world is my expense
The cost of my desire
Jesus blessed me with its future
And I protect it with fire
So raise your fists
And march around
Just don't take what you need
I'll jail and bury those committed
And smother the rest in greed
Crawl with me into tomorrow
Or I'll drag you to your grave
I'm deep inside your children
They'll betray you in my name

Hey, hey
Sleep now in the fire

Hey, hey
Sleep now in the fire

The lie is my expense
The scope of my desire
The party blessed me with its future
And I protect it with fire
I am the Nina The Pinta The Santa Maria
The noose and the rapist
The fields overseer
The agent of orange
The priests of Hiroshima
The cost of my desire
Sleep now in the fire

Hey, hey
Sleep now in the fire

Hey, hey
Sleep now in the fire

For it's the end of history
It's caged and frozen still
There is no other pill to take
So swallow the one
That made you ill
The Nina The Pinta The Santa Maria
The noose and the rapist
The fields overseer
The agent of orange
The priests of Hiroshima
The cost of my desire
To Sleep now in the fire

8 de junho de 2011

Erra uma vez

nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez

Paulo Leminski

A mídia acabou!

Extra! Extra! A mídia acabou

Michel Melamed

7 de junho de 2011

Distorções Ideológicas

Existe uma piada maravilhosamente dialética em Ninotchka, de Ernst Lubitsch-: o herói visita uma cafeteria e pede café sem creme; o garçom responde: “Desculpe, mas o creme acabou. Posso lhe trazer café sem leite?” Em ambos os casos o cliente recebe somente café, mas este é sempre acompanhado de uma negação diferente, primeiro café sem creme, depois café sem leite. O que encontramos aqui é a lógica da diferencialidade, em que a própria ausência funciona como uma característica positiva.

Por que perder tempo com piadas dialéticas? Porque elas nos permitem compreender em seu sentido mais puro como funciona a ideologia em nossos tempos supostamente pós-ideológicos. Para detectar as chamadas distorções ideológicas, devemos notar não apenas o que é dito, mas a complexa interação entre o que é dito e o que não é dito: o não dito está implícito no que é dito. Recebemos café sem creme ou café sem leite?

Slavoj Zizek

Nowtopia: Strategic Exodus?

Abstract: Nowtopia identifies a new basis for a shared experience of class. Specifically, the
exodus from wage labor on one side, and the embrace of meaningful, freely chosen and “free”
(unpaid) work on the other. A product of three decades of decomposition of the working class,
nowtopians are different from “drop-outs” in general, or surplus populations that constitute
the necessary “outside” to capital, in their conscious withdrawal from capitalist culture and
concerted rejection of the value form. In emergent convivial “nowtopian” communities, largely
grounded in unpaid practical work which creatively meets needs such as transportation (the
bicycling subculture), food (urban gardening/agriculture), and communication (open-source
communities), we see a gradual reversal of the extreme atomization ofmodern life. While facing
the threat of corruption via re-integration into the system, this constellation of practices, if taken
together, is an elaborate, decentralized, uncoordinated collective research and development
effort exploring a potentially post-capitalist, post-petroleum future.

Keywords: decomposition of the working class, wage labor, use value, collectivity, work,
atomization, capital


3 de junho de 2011

Que outra forma de dizer?

Que outra forma de dizer se não com as palavras?
Só temos estas
Mas não são nossas
São de outros tempos
Dizem outros dizeres

Há um esforço mortal em dizer algo
A vida não diz
Mas fala

(Não por palavras ou gestos)

Existimos sem palavras nem gestos
Apenas somos
Mas há uma voz,
uma tentativa de se exercer
uma vontade de dizer

As palavras são as muletas deste tentar ser

Raimundo Beato