A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

4 de fevereiro de 2012

Coletivo Sabotagem



Ainda sobre a discussão anti-SOPA e anti-PIPA...

A mobilização intensa contra esses projetos me fez lembrar do saudoso Coletivo Sabotagem,
"... uma entidade anarquista rizomática surgida na primeira década do século XXI no Brasil em defesa da libertação informacional e pela extinção de patentes bem como dos direitos editoriais, considerados pela ótica deste grupo como nocivos ao justo compartilhamento do conhecimento pelo surgimento de um mundo melhor." (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Eles disponibilizavam gratuitamente livros, documentários, filmes...

E não era pirataria moleca, não. O trabalho era resultado de uma reflexão radical e uma crítica profunda aos princípios fundamentais de proteção da propriedade intelectual.

Sua palavra de ordem era excelente: "Conhecimento não se compra, se toma!!!"

Eles disponibilizavam programas e ensinavam as pessoas a scanear com eficiência. Lembro de um texto fantástico que se chamava algo como: "Manual do scaneamento solidário". Alguns dos primeiros passos do manual envolviam a ida de uma galera pra casa de alguém que tivesse um scanner, e encher a cara enquanto as pessoas se revezavam na função de scanear os livros.

Aqui segue um relato em primeira pessoa sobre a experiência do grupo:

Por fim a página acabou saindo do ar. Apesar dos ataques jurídicos pesados que o grupo estava sofrendo, parece que foi só um problema de infra-estrutura informática.

Mas de qualquer maneira isso provocou uma certa grita na galera antenada

e a promessa de um retorno triunfal

Será?

3 comentários:

  1. cabras, esse blogger é realmente muito chato. Ele dá umas pálas na formatação de vez em quando... no post acima não só ele bagunçou toda a formatação dos parágrafos, como em determinado momento eu perdi a capacidade de selecionar partes do texto para incluir hyperlinks... frack!

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  2. Podes crer. Varios links que eu botei, quando fui clicar tempos depois não levam a lugar nenhum.

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  3. Consegui melhorar a formatação usando o Mozilla. Parece que chato mesmo é o Internet Explorer...

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