A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

5 de fevereiro de 2014

15-M

Escribir poesía contra el espanto.
Escribir poesía para sobreponernos al gris de la ciudad,
su maquinaria infernal, sus lágrimas negras.
Escribir poesía para que no haya olvido.
Escribir poesía para alejar este frío
y completar la otra mitad que buscamos.
Escribir poesía para reconocernos en los demás,
para no estar lejos.
Escribir poesía para hacer visibles las rosas azules
y la luz en los cuerpos.
Escribir poesía para abrir el paraíso, los abrazos
y el cielo prometido de la carne.
Escribir poesía para que no acabe todo como siempre.
Escribir poesía para iluminar las razones.
Escribir poesía para ganar esta guerra.
Escribir poesía para que todos sepan
que hemos venido a quedarnos.

Antonio Orihuela


La Sexualidad de las Moscas


La Sexualidad de las Moscas a 58ºF y 43% de humedad, es nula.» es el título de un folletín literario del que hemos publicado 46 números.

Ahora, con la fuerza colectiva que se respira gracias al 15M hicimos un llamamiento a nuestros poetas de cabecera y todos respondieron ipso facto. Como invitadas especiales, están Bartleby & Cía y Miguel Brieva con el «Espantosísimo y necesario acontecimiento en la ciudad de Madrid en los primeros días de la primavera de 2011».

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