A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010
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31 de julho de 2014

Graffiti Dança



Melhor Animação Brasileira Anima Mundi pelo voto popular de São Paulo.

Na São Paulo do século XXI, personagens de graffiti dançam uma canção dos anos 1950.

16 de agosto de 2013

Fotografia é retirada de exposição por medo de represália policial


Uma fotografia que fazia parte de uma exposição em São Paulo foi retirada depois que alguns policiais militares estiveram no local questionando a obra, informou a reportagem do UOL.

De autoria do fotógrafo Antônio Brasiliano, a imagem que não agradou aos PMs é de 2005 e mostra a ação de reintegração de posse do edifício Prestes Maia, na capital paulista. Na foto há um grafite em primeiro plano, com desenhos de ratos, e no fundo a tropa em formação. Ela foi exposta no muro de entrada do centro cultural Espaço Cult, na Vila Madalena, e fazia parte da mostra 4 Retratos, que envolve também trabalhos de Thelma e Marcos Vilas Boas, Julio Kohl e Marcelo Naddeo, inaugurada dia 3 de julho. Era para ficar no local até o dia 24, mas foi retirada nesta quarta-feira (14).

“A PM abordou frequentadores, proprietários e vizinhos do espaço questionando sobre o conteúdo da obra. Não estava presente, mas é óbvio que existiram bons motivos para que a fotografia fosse retirada antes do término da exposição. Com tantos casos de abuso de autoridade e violência policial, as pessoas se intimidam e têm medo de represálias”, disse Brasiliano à reportagem, que ouviu da assessoria da PM não haver nenhuma denúncia a respeito. “Não há nenhum posicionamento da PM para que policiais censurem ou proíbam a exposição de uma obra. Isso não é permitido”, informou a assessoria, que à Folha classificou o incidente como uma possível “ação individual de alguns soldados”

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