A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010
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22 de dezembro de 2015

Filhas (os) de porra nenhuma


Apago todas as minhas palavras com palavras,
já que não paro de falar,
que a tagarelice se opõe ao meu silenciar,
e é entre as palavras que encontro silêncio,
que abro um novo portal,
estou a empurrar a emperrada porta da existência,
The Doors 1967 rasgando os nenhum motivos
para manter vivo em mim o último passado
de paixões complexas,
Jim Morrison grita, eu grito,
grita Diego El Khouri e Alvaro Nassaralla,
grita Tiça Matta, grita Catarina Crystal,
grita Rosa Maria Kapila
e todos os outros filhos da argila

Nascidos no barro, na borra,
na mancha alucinada William Burroughs,
nascidos e morridos,
em decomposição composição cósmica humana

Viemos da fumaça da mais deliciosa maconha,
agarrados no rabicho, no filete da lâmpada,
ou mesmo das catapultas das paredes
do cérebro metáfora Renato Russo...
e o Doors segue solto
pelas flanelas orientais
que nos acaricia
o sexo e os ouvidos

Mas voltando a tagarelice,
e o silêncio estrondo ejaculado por ela,
voltando ao pináculo da alta floresta do darma
de nada fazer sentados nus no muro das herdades

Pelos meandros dos esmiuçados olhos
que nos unem ao porrete, a porra,
ao dramático e arrombante rock sem pai nem mãe

E foda-se essa civilização eunuca
gestada pela gosma televisiva;
que todos se dopem com essas palavras
arrombadas filhas de porra nenhuma


Edu Planchêz 

25 de fevereiro de 2014

Not To Touch The Earth

The Doors - Not to Touch the Earth from verywildwitek on Vimeo.


Not to touch the earth
Not to see the sun
Nothing left to do, but
Run, run, run
Let's run
Let's run

House upon the hill
Moon is lying still
Shadows of the trees
Witnessing the wild breeze
C'mon baby run with me
Let's run

Run with me
Run with me
Run with me
Let's run

The mansion is warm, at the top of the hill
Rich are the rooms and the comforts there
Red are the arms of luxuriant chairs
And you won't know a thing till you get inside

Dead president's corpse in the driver's car
The engine runs on glue and tar
Come on along, not goin' very far
To the East to meet the Czar

Run with me
Run with me
Run with me
Let's run

Whoa!

Some outlaws lived by the side of a lake
The minister's daughter's in love with the snake
Who lives in a well by the side of the road
Wake up, girl, we're almost home

Ya, c'mon!

We should see the gates by mornin'
We should be inside the evenin'

Sun, sun, sun
Burn, burn, burn
Soon, soon, soon
Moon, moon, moon
I will get you
Soon!
Soon!
Soon!

I am the Lizard King
I can do anything

The Doors

6 de novembro de 2011

Break On Through (To the Other Side)




Break On Through (To The Other Side)
You know the day destroys the night,
Night divides the day
Tried to run, tried to hide,
Break on through to the other side,
Break on through to the other side,
Break on through to the other side, yeah.

We chased our pleasures here,
Dug our treasures there,
But can you still recall the time we cried?
Break on through to the other side,
Break on through to the other side.

Yeah!
C'mon, yeah.

Everybody loves my baby,
Everybody loves my baby.
She gets
She gets
She gets
She gets higghhhh!

I found an island in your arms,
A country in your eyes,
Arms that chained us, eyes that lied.
Break on through to the other side,
Break on through to the other side,
Break on through, wow, oh yeah!

Made the scene week to week,
Day to day, hour to hour,
The gate is straight, deep and wide,
Break on through to the other side,
Break on through to the other side,
Break on through,
Break on through,
Break on through,
Break on through,
Yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah