A Caverna
Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes
Jean Louis Battre, 2010
Jean Louis Battre, 2010
1 de maio de 2012
Pombinhas da Fontinha
<iframe src="http://player.vimeo.com/video/40935485" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe>
Es.Col.A da Fontinha - Subtitulos en Castellano
Esta mañana (19-04-2012), sobre las 11'00 am (las 12'00 pm en el Estado Español), ha sido desalojada la Es.col.a (Espaço Coletivo Autogestionado) do Alto da Fontinha. Según nos cuentan las personas involucradas en el proyecto, la policía literalmente ha tomado las calles colindantes a la vieja escuela, y ha entrado con mucha violencia al espacio, y sin ninguna orden de desalojo. Hay al menos cinco personas heridas y dos detenidos. La policía, encapuchada, ha empleado tásers para disolver a las muchas personas que se han reunido para mostrar su apoyo a lxs vecinxs y activistas que okupaban y daban vida a este espacio. Después de ser disueltos, y con un barrio aún policialmente ocupado, un grupo de 60 personas ha seguido concentrándose por diferentes calles y plazas, en modo de sentada de protesta, que también ha sido dispersada por la policía, en un nuevo alarde de "aquí mando yo".
Hace unas horas, 150 personas se han congregado en el barrio en una asamblea popular para analizar lo sucedido y decidir qué hacer a partir de ahora. De ahí, han salido para la Comisaría de Policía, donde en este momento están haciendo una manifestación de apoyo a lxs detenidxs (de los que se teme tengan graves lesiones), con intención de continuar hasta el Ayuntamiento (el "propietario legal" del inmueble). Mientras tanto, la policía sigue custodiando el edificio, que en este momento está siendo tapiado y su tejado destruído, para que no pueda ser utilizado nunca más por nadie.
A Es.Col.A do Alto da Fontinha era un precioso experimento de esos que no abundan. Un espacio en el corazón de un barrio increíblemente empobrecido, donde vecinxs "de toda la vida" y activistas trabajaban juntxs para crear un barrio autónomo y consciente. Con los retos que ello supone. Cada día, decenas de niñxs y adultxs acudían al espacio, para jugar, aprender y participar en charlas y talleres que se desarrollaban a diario. La mezcla de edades era hermosa.
El movimiento autónomo de Oporto tiene mucha actividad en esta zona de la ciudad, donde además de este Espaço Coletivo Autogestionado, existen otros proyectos como Casa Viva (un centro social de teoría y práctica de alternativas al capitalismo) y Orta das Musas (un vasto terreno, como un pueblito en miniatura, abandonado en medio del barrio, que se utiliza como huertas colectivas y espacio de recreo). Oporto es para muchxs de nosotrxs una ciudad desconocida, y su movimiento rebelde es muy activo e inspirador. En ella, al menos el 40% de los inmuebles están vacíos y en un estado de abandono desolador. Es frecuente ver casas preciosas abocadas a un estado de ruina, mientras que otras familias tienen que dormir en la calle y no hay espacios donde reunirse.
En este caso, el edificio de A Escola llevaba 5 años abandonado y fue okupado hace uno por activistas, con la intención de crear un espacio de encuentro y trabajo con la gente del barrio de Alto da Fontinha, una zona de la ciudad olvidada y sin absolutamente ningún recurso institucional.
Hace unos meses hubo un primer desalojo del inmueble, en el que tres personas resistieron en lo alto del tejado y fueron desalojados de allí por la policía sin las más mínimas condiciones de seguridad (se les ató una soga al cuerpo y fueron bajados, a pulso, por un agente). Luego, el inmueble fue okupado a los pocos días, y ha permanecido en uso hasta hoy.
Desde hace semanas, se esperaba la llegada de policía en un dispositivo de desalojo, para lo cuál, se había preparado el edificio con barricadas, y diversos trabajos de seguridad, en los que han participado la gente del espacio, así como muchas personas solidarias que han ido llegando para prestar su apoyo, desde muchas partes de Portugal y el mundo. La Es.Col.A se preparaba para el desalojo el día 12 de Abril, convocando grupos de apoyo y barricadas fuera del edificio, así como otrxs adentro, esperando encerrarse y resistir. La Policía, entonces, finalmente no llegó (algunas patrullas merodearon el barrio).
Si quieres saber más, puedes consultar el blog de Es.Col.A do Alto da Fontinha (hay un video muy bueno en uno de los posts recientes)
http://www.escoladafontinha.blogspot.pt/
Y también seguir la info en indymedia portugal
http://portugal.indymedia.org/conteudo/editorial/7217
Se ha convocado una concentración de apoyo en Lisboa, y se está llamando a la solidaridad y apoyo en todo el mundo
Não se pode despejar uma ideia / (No se puede desalojar un sueño)
Solidaridad con a Es.Col.A do Alto da Fontinha!
Carta aberta às associações e organizações não governamentais sobre a “Loja Social”, a CMP e o Es.Col.A da Fontinha
Carta aberta às associações e organizações não governamentais sobre a “Loja Social”, a CMP e o Es.Col.A da Fontinha
Car@s amig@s
Como sabem, desde há um ano que um coletivo de pessoas dinamiza um
projeto num antiga escola abandonada pela autarquia, no bairro da
Fontinha, no centro da cidade do Porto. Restituindo à população esse
espaço e proporcionando um conjunto de atividades culturais, sociais e
educativas, o Es.Col.A – espaço coletivo autogestionado do Alto da
Fontinha – tem tido um amplo apoio popular não apenas dos vizinhos do
bairro mas do conjunto da cidade. Apesar disso, o executivo da Câmara
Municipal tem rejeitado que aquele espaço possa ser utilizado para este
fim, recorrendo à polícia para despejar o projeto.
Uma vez que a Câmara Municipal não tem, de momento, nenhum projeto para
aquela escola, o que torna todas as ações de despejo ainda mais injustas
e absurdas aos olhos da população (mostrando que a Câmara prefere um
espaço emparedado e vandalizado a um espaço cuidado e em utilização
social), o Executivo está neste momento a tentar fabricar um projeto que
possa servir como legitimação da decisão política de destruir o
Es.Col.A.
Assim, e sabendo o Es.Col.A que a CMP tem contactado várias associações
para integrarem uma “Loja Social” num espaço camarário a nascer na mesma
zona onde se situa o nosso projeto, vimos através desta carta apelar à
vossa solidariedade e civismo neste momento decisivo. O que vos pedimos é
simples: que em qualquer contacto com a Câmara tornem explícito que só
aceitam integrar esse projeto no caso de ele não ter lugar na Es.Col.A
da Fontinha, pois isso seria uma forma do executivo instrumentalizar
politicamente a vossa associação e o seu trabalho, utilizando-vos como
armas de arremesso na tentativa de destruição de um projeto que já aqui
existe e que tem apoio popular no bairro e na cidade.
Contamos com a vossa solidariedade.
http://escoladafontinha.blogspot.pt/2012/04/mensagem-as-associacoes.html
http://escoladafontinha.blogspot.pt/2012/04/mensagem-as-associacoes.html
Es.Col.A: espaço coletivo autogestionado do ALTO da Fontinha
Es.Col.A do Alto da Fontinha
CARTA ABERTA (Sexta Feira 30 de Março de 2012)
A promessa de suspensão do despejo do Es.Col.A revelou-se um logro. Politicamente forçada a dialogar com os ocupantes da antiga Escola Primária do Alto da Fontinha, a Câmara Municipal do Porto (CMP) mais não queria do que anunciar que o despejo se mantinha, embora adiado. Em reunião com dois delegados da Assembleia do Es.Col.A, os representantes da câmara exigiram que o projecto assinasse a sua sentença de morte, traduzida num contrato de aluguer com fim em Junho. A continuidade imediata do Es.Col.a dependeria da assinatura desse papel.
Recapitulando: a 10 de Abril de 2011, um grupo de pessoas ocupou a antiga escola primária do Alto da Fontinha, devoluta e abandonada há mais de cinco anos pelo município que a devia manter. Depois de um mês de ocupação do espaço e já com inúmeras actividades a decorrer, a CMP mandou a polícia despejar violentamente os ocupantes e emparedar o edifício. Depois de um longo processo negocial, o Es.Col.A voltou à Escola da Fontinha onde se mantém até hoje, com a indiferença da CMP.
Esta farsa é, para nós, inaceitável, tal como o é o despejo em si - seja agora, em Junho, ou em qualquer altura. Perante quem tem, repetidamente, falhado no cumprimento da sua própria palavra e que entende o ultimato como forma de negociação, a posição do Es.Col.A só pode ser a de não aceitar a decisão de despejo. Fazê-lo seria desistir do sonho com que partimos para esta aventura, o de transformar as nossas vidas com as nossa próprias mãos, ensinando e aprendendo com quem se cruza connosco, nas ruas da Fontinha. Porque o Es.Col.A, muito mais do que uma escola, é um laboratório dum mundo já transformado, resistiremos.
Precisamos do sentido solidário de toda a gente que se identifica com o projecto. Em todo e qualquer lado, que a ocupação e a libertação de espaços sejam a resposta generalizada ao ataque às iniciativas de emancipação popular dum sistema que prefere a propriedade, mesmo que abandonada, ao usufruto, mesmo que colectivo.
Que a moda pegue! ai, ai
LIBERTA ESPAÇOS,
CRIA ALTERNATIVAS!
DEVOLVE À COMUNIDADE OS ESPAÇOS PÚBLICOS DEVOLUTOS!
Assinar:
Postagens (Atom)